Cerca de 100 seguidores das religiões de origem de matriz africana protestaram na Assembleia Legislativa do Rio, no Centro da cidade, contra o juiz Eugenio Rosa de Araújo, após a declaração deste de que “manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem como religião”.
A declaração foi o argumento do magistrado para negar uma ação que pedia que vídeos que promoviam intolerância na internet fossem retirados. “Esse evento é em prol da liberdade religiosa. Queremos poder caminhar na rua com nossas roupas, nossos fios de ponta. Andar sem nos olharem de um jeito esquisito... Independentemente da religião, somos seres humanos”, disse Mãe Juçara de Iemanjá, de 60 anos, ao jornal carioca Extra.
Eugenio Rosa alegou que para se configurar em religião, deve existir texto base, como o corão dos muçulmanos e a bíblia dos cristãos, além de dizer que a suposta ausência de hierarquia e de um Deus a ser venerado justificam sua tese. “Como não temos um deus? Temos vários deuses e deusas. Nossa religião vem de antes de Cristo. Quando ele chegou ao mundo, já havia religiões de matriz africana”, completou Mãe Juçara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário