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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Críticas entre governistas e oposição dão o tom da campanha

Os apelos dos protagonistas das eleições deste ano para que o processo eleitoral fosse tranquilo e sem agressões mútuas não parecem que serão atendidos.
O nível das críticas entre os times do governo e oposição neste início de campanha na Bahia transformou o processo em campo de batalha na segunda-feira, 12, com as visitas de estrelas do PT, PSDB e PSB.
No ato de formalização de apoio do PDT ao candidato petista Rui Costa, na noite de segunda, Costa, o governador Jaques Wagner e o ex-presidente Lula fizeram discursos duros contra o principal adversário na Bahia, o pré-candidato do DEM ao governo Paulo Souto.
alegando ter encontrado a área de segurança em frangalhos, desaparelhada.
"O candidato adversário não é o portador da esperança, não é o portador do futuro. Esse grupo, se não fez em 40 anos, não vai fazer agora".
Rui Costa seguiu o mesmo tom. "Ele (Souto) candidato é monotemático: só fala em segurança, não fala em outros assuntos porque não tem projeto. Não vai ficar em pé nos debates". 
O petista aproveitou para criticar a afiliada da TV Globo em Salvador (Rede Bahia)  de familiares do prefeito ACM Neto (principal cabo eleitoral do DEM). "Não vi cobertura da greve dos servidores da prefeitura de Salvador pela TV Globo", disse, afirmando que,  por outro lado, a Globo promoveria um "massacre" contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Com seu estilo irreverente, Lula aconselhou Costa a fazer campanha sem ataques. "A gente não tem que fazer aquela balela que acontecia aqui na Bahia no passado, Antonio Carlos Magalhães xingando todo mundo.  Queremos provar que somos melhor do que eles com números".
Perda da tranquilidade
Paulo Souto disse ter visto os ataques "com estranheza e pesar". Afirmou que não vai "descer aos ataques pessoais", mas pretende exercer "plenamente seu direito de oposição" ao governo petista.
"Minhas críticas são do ponto de vista institucional e eles parecem que não estão acostumados com isso. A cultura do PT era de oposição e de uma oposição dura, ofensiva. Agora estão no governo e o sentimento que tenho é que estão querendo fazer oposição a eles mesmos", disse, recomendando ao PT ter "tranquilidade" para responder às críticas que recebe.
Ele acha que a suposta onda antipetista tenha influenciado a perda da tranquilidade.  "O governo hoje é um devedor crônico, e isso acaba mudando a atitude do governador e seu candidato".

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