A Prefeitura de Canavieiras, por meio da Secretaria da
Assistência Social, promoveu na tarde de quinta-feira (17) um encontro com os
beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF). O objetivo da reunião foi analisar
e confirmar o resultado de uma pesquisa aplicada anteriormente com as famílias
que fazem parte do programa para implantação de cursos para a geração de
emprego e renda.
Participaram do encontro o representante da Pró-Reitoria de
Extensão da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), professor Raimundo
Bonfim, a secretária Municipal da Assistência Social, Vanessa Leite, técnicos
do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e mais de 100
beneficiários do PBF. Também fazem parte das ações para a implantação dos
cursos, o Departamento de Economia da Uesc, o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Incubadora Baiana de
Empreendimentos Econômicos Solidários (Ibees).
O oferecimento de novas
atividades, a exemplo desses cursos, na opinião da secretária da Assistência
Social, Vanessa Leite, é uma recomendação do prefeito Almir Melo, com a
finalidade de incentivar a socialização dos assistidos pelos diversos
programas. “Estamos realizando diversos eventos para fomentar a convivência em
grupo, incentivando novas perspectivas de vida, e dentre os trabalhos de
socialização estão presentes o incentivo ao estudo e o fortalecimento de
vínculos sociais e familiares”, afirma a secretária.
De acordo com o professor Raimundo Bonfim, o programa de
Economia Solidária para o PBF tem a finalidade de interferir na pobreza,
potencializando as habilidades dos beneficiários através cursos. Explica,
Bonfim, que a pesquisa apontou o interesse das pessoas em quatro linhas de
atividades: Confecções, artesanato, estética (corte de cabelo e unhas) e
culinária (bolos e salgados).
Após explicar como se dá o processo de implantação do
programa, o professor Bonfim explicou todas as características das ações que
poderão ser implantadas e forneceu dados sobre os resultados da economia
solidária em todo o país. Segundo ele, de cada 10 pessoas que concluem os
cursos, apenas uma se incorpora ao processo produtivo e continua exercendo as
atividades.
Esses dados, segundo Raimundo Bonfim, é um alerta para que
as pessoas possam analisar as ações que pretendem empreender, pois se é preciso
saber fazer, o fundamental é que estejam integrados em grupos, na forma de
associação. “Essa é a realização de um sonho, mas que precisa ser concretizado
com toda a segurança”, ressaltou.
Novos encontros deverão ser realizados com os beneficiários
do Programa Bolsa Família que pretendem participar do projeto associativo de
produção, para que as ações sejam
empreendidas de forma positiva. “Não basta formatamos e oferecermos cursos, sem
que o público-alvo esteja consciente das atividades e da responsabilidade que
assumirá posteriormente”, concluiu o professor.
Uma das características
positivas do Programa Bolsa Família é disponibilizar projetos e programas, a
exemplo dos cursos e oficinas com a finalidade de capacitar os beneficiários,
para que encontrem uma “porta de saída” do programa. Através da participação nessas
atividades as famílias beneficiárias poderão aprender a desenvolver habilidades,
exercer novas atividades produtivas e gerar renda para o seu sustento e de sua
família.
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