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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Em 1º debate, Dilma traz números, Aécio rebate e Marina tenta firmar posição

O primeiro debate na TV, realizado nesta terça-feira (26), pela emissora Rede Bandeirantes de São Paulo, reuniu os candidatos à presidência da República nas eleições 2014. Marcaram presença Dilma Roussef (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Tatiana Genro (PSOL), Levi Fidelix (PRTB), Pastor Everaldo (PSC) e Everaldo Jorge (PV). 
 
Mediado pelo jornalista Ricardo Boechat, o debate foi morno e evidenciou a disputa do trio Dilma, Aécio e Marina. No primeiro bloco os candidatos responderam a uma pergunta única referente aos altos índices de violência no país que apontam, atualmente, o número de 50 mil homicídios por ano. Com um minuto e meio para explanar as propostas, a maioria colocou a importância da unificação das polícias Civil e Militar. Marina, que iniciou o discurso lembrando  do presidenciável Eduardo Campos, morto no último dia 13, falou da necessidade do respeito ao ser humano e combate à violência. Já Aécio Neves comparou os resultados dos índices de violência registrados em Minas Gerais, Estado que governou por oito anos e diz ser referência no quesito Segurança Pública. Já a presidente Dilma, candidata à reeleição, acredita que a Segurança Pública deve ser feita de forma compartilhada e não fragmentada, na qual os estados são responsáveis por sua política de combate à violência.

Quando foi aberta a oportunidade de perguntas entre os presidenciáveis, Dilma virou alvo do debate. Se apegando aos números, a petista comemorou a implantação do Pronatec, que segundo ela deu acesso a aproximadamente oito milhões de estudantes. A candidata Marina Silva firmou a posição como a escolhida para assumir o posto de Campos e, na maioria das vezes direcionando-se à presidente, a candidata questionou as promessas sobre pacto pela educação, mobilidade urbana e controle da inflação. Dilma voltou a se valer dos números e pontuou que foram gerados cinco milhões de empregos em três anos e oito meses de mandato e criticou Aécio, relembrando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, conforme Dilma, deixou um governo de desempregados para seu antecessor Lula. O tucano rebateu e disse que o PT vive da propaganda, atendo-se a questionar o telespectador qual a realidade vivida por ele. O pesedebista falou ainda em indústria sucateada e do que, de acordo com ele, seria o pior índice de desemprego do século, registrado no mês de julho. Marina reforçou a crítica  e perguntou a Dilma: "O que deu errado". Replicando, Dilma foi taxativa: "Deu tudo certo. Como o Mais Médicos que beneficiou 50 milhões de pessoas", frisando os repasses dos royaltes para Educação e Saúde.

Entretanto, quando uma das perguntas feitas por Tatiana Genro direcionada à Aécio - cujo tema foi políticas voltadas para a saúde da mulher e legalização do aborto - o tucano colocou seu ponto de vista e cutucou levemente o governo do Estado da Bahia. Querendo atingir o PT, Aécio reforçou que pretende manter em seu governo, caso eleito, as discussões da Câmara Federal com relação ao assunto, considerado crime conforme o Código Penal Brasileiro. Aécio lembrou a visita que fez a Salvador no último fim de semana e falou da necessidade de informação às mulheres jovens, principalmente de baixa renda. "Há três dias eu estava no bairro de Brotas, na Bahia e me deparei com milhares de jovens grávidas. A maioria delas não tinha acesso a informação sobre o assunto. Informação sobre os anticoncepcionais. Isso, provavelmente, por falta de políticas do governo estadual e federal", afirmou.
 
A reforma política, a questão tributária, demarcação de terras indígenas, além do uso e exploração da energia eólica também foram debatidos entre os candidatos. Sem pontos altos ou embates efusivos, o debate abriu o ciclo de discussões em torno das propostas e posicionamentos dos presidenciáveis.

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