Metade dos palanques estaduais articulados por Eduardo Campos pode ser extinto com Marina Silva (PSB/Rede) à frente da chapa. Dos 27 acordos fechados pelo ex-presidenciável morto em um acidente aéreo, ao menos 14 podem ir por água abaixo com a substituição da candidatura. Os exemplos são os estados do Mato Grosso do Sul – Nelsinho Trad (PMDB) ameaça não dar palanque a Marina –, Alagoas e Santa Catarina – onde Campos propôs palanque duplo a Paulo Bauer (PSDB) ao indicar candidato a senador da coligação. De acordo com a Folha de S. Paulo, em locais em que apoios estão cada vez mais fadados ao fracasso, foram fechadas alianças contra a vontade de Marina ou são protagonizadas por políticos que atuam em um campo totalmente diverso ao da ex-senadora. Neste caso, a tentativa de colocar Beto Albuquerque (PSB) como vice seria uma maneira do partido conseguir facilitar contato com tais grupos – a exemplo dos ligados ao agronegócio – e manter afastada a antipatia do setor à candidatura de Marina. A desistência de puxadores de votos a abandonar apoio após morte de Campos também seria um impasse para a ex-senadora. Desde a oficialização de sua candidatura, Marina já precisou lidar com os desfalques do PSL, que deixou de apoiar a chapa, e do coordenador de campanha Carlos Siqueira.
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