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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Governo estadual precisa provar que não há uma política governamental de incentivo à morte, afirma Hilton Coelho (PSOL)


O vereador Hilton Coelho (PSOL) participou da audiência pública promovida nesta quinta-feira (26) pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Bahia (OAB-BA) com o tema "A ação da Rondesp no Cabula: limites para o uso da força da Polícia Militar". O evento vai discutiu a ação da PM na Vila Moisés, Cabula, na madrugada do dia 6 de fevereiro, que resultou na morte de 12 homens. “Apesar da presença do secretário Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Geraldo Reis, representando o governo estadual, consideramos que o Executivo está fugindo do debate porque quem deveria estar presente seriam o secretário de Segurança Pública e o Comando da Polícia Militar”, disse.

Hilton Coelho enfatiza que “é preciso que o governador Rui Costa, que chamou de goleadores os atiradores, deve à sociedade uma explicação ou então chegaremos à conclusão que há uma política governamental de incentivo à morte, algo inaceitável. Deixamos claro que somos pelo fim dos autos de resistência e exigimos uma investigação isenta. Não podemos encarar como natural que a operação realizada pela Rondesp no dia 06 de fevereiro tenha como resultado na morte a tiros de 12 moradores da comunidade e outros quatro feridos. Todas as vítimas eram do sexo masculino e a maior parte jovens e negros. Exigimos apuração e punição dos prováveis responsáveis porque não pode ser encarada como normal e correta uma operação que resulte em 12 mortos”.

O vereador lembra que o governo da Bahia tem a obrigação de garantir investigação imediata, meticulosa e imparcial de todos os casos em que haja suspeita de execuções extrajudiciais, arbitrárias e sumárias. “A sociedade precisa se mobilizar para que possamos avançar e exigir políticas públicas que garantam de forma efetiva a universalização e a igualdade de direitos, combata a impunidade da violência institucional e impeça métodos violentos para contenção e repressão sociais. Só assim vamos deixar de abrir jornais ou acessar outros meios de comunicação e nos depararmos com mais mortes violentas entre a juventude. A Bahia vergonhosamente ocupa o posto de 2º estado mais letal para jovens e Salvador que desponta como a terceira capital com maior risco de morte para adolescentes”, finalizou Hilton Coelho.








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