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terça-feira, 17 de maio de 2016

"O destino de Dilma é a aposentadoria"


O destino da presidente Dilma Rousseff é a aposentadoria. A afirmação é do ex-senador Delcídio do Amaral (MT), que foi líder da petista no Senado. De acordo com Amaral,  "ela não volta mais". "Só esses 55 votos do Senado, eles demonstram que a tendência é esse placar se alargar. Ela perdeu as condições políticas. 

Dilma vai para a aposentadoria", decretou, durante o Roda Viva, nesta segunda-feira (16). Ainda segundo Delcídio, o ex-presidente Lula, apesar de ter feito muito, vai "sair muito desgastado" do Petrolão. "Acho que o Lula sai muito desgastado de tudo isso e acho difícil uma candidatura competitiva. Ele não é mais o principal candidato, pois teremos outros desdobramentos das investigações. O cerco se fechou. 

A situação do presidente Lula é complicadíssima", analisou. Delcídio prometeu ainda "desenterrar" provas de conversas com o ex-presidente Lula, ministros do seu governo e membros da oposição sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios que - inicialmente - investigava escândalos nos Correios e desaguou no mensalão petista. Delcídio foi o presidente da CPMI. "Gravei encontros com Lula, com o ministro Márcio Thomaz Bastos, com oposição. Estou guardando tudo para depois, mas não vai demorar muito. Tenho documentos", afirmou. 

O ex-petista repetiu ainda que a presidente Dilma e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentaram interferir nos rumos da Lava Jato. Ele contou à bancada do Roda Viva que conversou pessoalmente com um juiz que seria indicado por Dilma para o STJ e disse que a presidente esperava que ele fizesse "o papel dele". "Disse a ele: 'quero conversar com o senhor, pois o senhor está cogitado para a vaga. Agora, precisa ver esse compromisso para que alguns saiam lá e ele disse que sabia a tarefa dele e que iria cumprir isso. 

Fui chamado de mentiroso, né? O tempo é o juiz das coisas, o Marcelo Odebrecht confirmou essa história", gabou-se. Perguntado sobre os impactos da sua prisão e perda de mandato para a família, o ex-senador chorou e se disse "absolutamente" responsável por tudo.

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