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domingo, 24 de julho de 2016

Polícia Federal desarticula organização criminosa na Bahia


Uma organização criminosa envolvida em desvio de verbas públicas destinadas à saúde foi desarticulada no último dia (22) na Bahia, dentro da Operação Copérnico, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle que apuraram, também, fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Ao todo, são 24 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e sete mandados de condução coercitiva nas cidades baianas de Candeias, São Francisco do Conde e Salvador, onde foi preso o líder da organização, um empresário responsável por uma das instituições que administrava unidades de saúde.
As investigações apontaram que o grupo criava empresas e entidades sem fins lucrativos, em nomes de “laranjas”. Com essas empresas, os envolvidos faziam contratos de gerenciamento integral de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros de saúde por meio de licitações. “Foi comprovado o desvio desses recursos: a entidade ganhava essa licitação direcionada, dirigida, fraudulenta e se identificou o superfaturamento na execução desses serviços e a prestação de contas através de outras fraudes, de notas frias, fornecidas por empresas também componentes do esquema criminoso”, disse o superintendente da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga.

A coordenadora da operação, delegada de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal, Luciana Matutino, explica que 15 empresas participavam do esquema, cujas verbas desviadas se dirigiam ao empresário que está preso. O Ministério da Transparência analisou, durante as investigações, as licitações e prestações de contas feitas a dois municípios (Cadeias e São Francisco do Conde) e detectou mais de R$ 70 milhões pagos pelas prefeituras sem que houvesse a comprovação de que os serviços de saúde foram prestados. Somente o Instituto Médico Cardiológico da Bahia, cujo empresário era o líder do esquema, movimentou cerca de R$ 750 milhões de reais, mas isso não significa, segundo o superintendente, que todo esse valor foi desviado.

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