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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Prefeito de Canavieiras entra em contradição em relação ao processo de Homicídio Culposo ao tentar justificar em redes sociais através de vídeo


O prefeito da cidade de Canavieiras (Drº Almeida), ao tentar justificar e explicar para a população através de vídeo em sua rede social, caiu completamente em contradição aos autos do processo de nº 0024099-29.2017.8.05.0000.
Veja Vídeo.



Nesse vídeo que foi colocado pelo próprio prefeito em suas redes sócias, ele fala “que uma moça de primeiro filho que a gente chama de primigesta chegou ao meu plantão dele por volta de meia noite.” Ai está à primeira contradição feita pelo prefeito. Segundo o inquérito policial e o processo, a paciente chegou às 23h30min, e o fato não aconteceu em 2015 como fala o médico, mas sim, em 06 de julho de 2013.

Veja inquérito: 

Dando continuação, o Sr. Prefeito disse ainda em seu vídeo disse que:  “Ao examinar constatamos um diagnóstico prolapso de cordão. O que significa isso, quando o cordão umbilical se projeta antes da cabeça do feto. O cordão umbilical é o que alimenta o feto, que sai da placenta e vai até o feto, e onde passa o oxigênio, e o cérebro humano , três minutos sem a oferta de oxigênio, já existe a morte cerebral. Então é uma situação de extrema urgência obstétrica  (extrema urgência significa: ato de fazer chegar ao extremo ou ao máximo), onde a indicação em se fazer  uma cesariana IMEDIATAMENTE, e como na época do acorrido, o centro cirúrgico do hospital infelizmente estava interditado, sem a menor possibilidade de se proceder, nós imediatamente tomamos as providências, e colocamos a gestante no oxigênio, tentamos reduzir  colapso do cordão e se providenciou a transferência para Ilhéus. Para a Maternidade Santa Helena, onde se teria procedido a cesariana.” Essa foi a explicação do médico que hoje, é um homem público.

Nos autos da investigação policial (documentos abaixo), o corrido foi exatamente outro. Segundo o que foi aperado pela polícia Civil e o Ministério Público, a paciente foi examinada pelo médico que hoje é prefeito Dr. Almeida, através do exame de toque, e que o médico em questão tinha dito para a paciente aguardar, saindo em seguida para dormir, e que o médico informou que teria outro trabalho no dia seguinte. Segundo o que a polícia apurou, a paciente, sentindo muitas dores ligou para sua tia que estava do lado de fora do Hospital e pediu socorro. Pedia para que ela chamasse o médico. Nesse momento, segundo a investigação e o que consta nos autos do processo, a enfermeira que acompanhava o caso, a interrompeu dizendo que não era para chamar o médico, pois não estaria na hora, e que só chamaria o médico as 6h30 horas, assim como o fez.
Ora, em seu vídeo Dr. Almeida disse que identificou um quadro de extrema emergência e que a paciente precisava de uma intervenção cirúrgica de imediato, então porque ele entregou o caso a enfermeira e foi dormir, e, de acordo com os autos do processo, porque ele não providencio a remoção da paciente na mesma hora para Ilhéus? São nessas ações dos autos que a justiça está se apegando para condenar o médico em questão por se recusar a prestar o devido socorro a paciente.


Quem será está mentindo prefeito? O Ministério Público e a polícia do Estado da Bahia, ou o senhor que disse em seu vídeo que tomou todas as providencias.
Vejam bem o que disse o prefeito em seu vídeo:

“Então é uma situação de extrema urgência obstétrica (extrema urgência significa: ato de fazer chegar ao extremo ou ao máximo), onde a indicação em se fazer  uma cesariana IMEDIATAMENTE, e como na época do acorrido, o centro cirúrgico do hospital infelizmente estava interditado, sem a menor possibilidade de se proceder, nós imediatamente tomamos as providências, e colocamos a gestante no oxigênio, tentamos reduzir  colapso do cordão e se providenciou a transferência para Ilhéus.”

Totalmente contrário ao que estar exposto nos autos do processo.
A questão é:
- Porque o médico foi dormir?
- Porque o médico não determinou de imediato a remoção da paciente para Ilhéus?
- Porque o médico agora apresenta para a sociedade de Canavieiras, essa nova versão, totalmente diferente dos autos do processo?

Nos autos do processo consta que a paciente só foi removida por volta de 8hs da manha do dia seguinte quando uma nova equipe médica assumiu o plantão em lugar de Dr. Almeida. Então, a paciente ficou cerca de 8 hs aguardando para ser removida para outro Hospital chegando lá por volta das 9h30. Quem está mentindo?

Outra contradição do prefeito está quando ele diz:
Colocamos a gestante no oxigênio, tentamos reduzir  colapso do cordão e se providenciou a transferência para Ilhéus, para a Maternidade Santa Helena, onde se teria procedido a cesariana”.

Nos autos do processo consta a informação de que ao chegar na Maternidade de Ilhéus, o bebê já tinha chegado sem vida por falta de oxigênio. Vejam bem. O prefeito diz em seu vídeo que em Ilhéus a paciente foi submetida a uma cesariana. Mas, nos autos do processo consta que o bebê já chegou sem vida por falta de oxigênio. No vídeo, ele acaba admitindo isso, mas coloca a culpa na distância do deslocamento. Quem está mentindo?

O prefeito ainda disse em seu vídeo “que na época, foi feito uma queixa. O Delegado instaurou inquérito. Ouviu toda a equipe médica de plantão do sábado que eu era o médico plantonista. Do plantão do domingo, e apuraram-se todas as evidências. Todos os depoimentos das testemunhas, e o próprio delegado inocentou todas as duas equipes. Dando como provável culpado o Hospital, que na época, o Centro Cirúrgico estava interditado.”   

 Não é o que apresenta os documentos anexados aos autos do processo, e que está exposto abaixo. Quem está mentido Sr. Prefeito? 



A oposição política da cidade, de posse dessas informações, disse que “o prefeito está tentando enganar mais uma vez o povo com mentiras e inverdades com o objetivo de resguardar a sua imagem.” Segundo eles, essa nova versão do prefeito em vídeo exposto nas redes sociais já esta sendo encaminhada para o Ministério Público que deve anexar aos autos do processo, e que, segundo um especialista da área criminal, pode sim, ser relevante para a decisão da Justiça ao que tange que, no mínimo, fica ai identificado que o Dr. Almeida pode ter mentido também em seu depoimento nos autos do processo.

Ministério Público investiga uma possível compra de testemunha
 Corre em curso tanto por parte do Ministério Público, quanto pela imprensa uma investigação a respeito da mudança de comportamento do pai da vítima, que, após separar da esposa, resolveu retirar a queixa com o apoio jurídico do próprio acusado. (segundo o prefeito falou em seu vídeo).

Já se sabe que houve sim uma mudança de padrões na vida econômica do pai da criança e isso é um dos motivos relevantes que estão movendo essas suspeitas. 



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