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sábado, 21 de março de 2020

Médicos descobrem a cura do HIV acidentalmente

Em março de 2019, Adam Castillejo foi considerado como um segundo possível caso de paciente a ser curado da infecção por HIV. Agora, um ano após a afirmativa e 30 meses após o fim da terapia antirretroviral, ele ainda aparenta estar livre do vírus. A cura foi identificada após um transplante de medula óssea, a qual ele foi submetido para tratar um câncer.
O que aconteceu foi que o doador das células-tronco apresenta um gene incomum que o torna imune ao HIV. Quando Castillejo recebeu o transplante de medula óssea, as células do doador substituíram as próprias células imunológicas do paciente, impedindo que o vírus continuasse a se replicar.

Esse gene é o mesmo que o cientista chinês He Jiankui diz ter modificado no caso das bebês gêmeas geneticamente alteradas. Ravindra Kumar Gupta, pesquisador da Universidade de Cambridge que esteve à frente do estudo do caso de Castillejo, afirmou à BBC que essa ausência do vírus mesmo dois anos e meio após o fim do tratamento antirretroviral indica que o paciente pode ser considerado como curado.
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Em 2011, Timothy Brown, um norte-americano que morava em Berlim – e por isso ficou conhecido como “Paciente de Berlim” – foi anunciado como o primeiro paciente a se curar de HIV cerca de três anos e meio após receber um tratamento similar ao de Castillejo. No entanto, apesar desses dois pacientes terem apresentado resultados otimistas, os médicos afirmam que esse tipo de terapia é extremamente agressivo e por isso não será utilizado como tratamento padrão para HIV.

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