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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Prefeita de Una/Ba resolve redividir o bolo beneficiando mais de 20 mil moradores do município com o enxugamento da folha de pagamento e despesas diversas



Numa iniciativa singular e corajosa que marca a história do executivo unense, face ao momento de estrangulamento da receita municipal, a prefeita Diane Rusciolelli, da cidade de Una/Ba, baixou o decreto 265 de 27/01, onde, com muita coragem devido a grande necessidade de privilegiar uma população de mais de 20 mil habitantes que anseia por obras e serviços de qualidade, além de fomentar o desenvolvimento local, suspendeu  o pagamento da promoção por antiguidade previsto na Lei nº 554/1997, permanecendo o adicional por tempo de serviço dos servidores públicos municipais. E a suspensão do pagamento do acréscimo de 1,2 (um meio) das férias de todos os servidores, permanecendo o pagamento de 1,3 (um terço), nos termos da Constituição Federal.
Lembramos que essas vantagens foram fornecidas na gestão do vice-prefeito Davi Cerqueira, exatamente no período eleitoral, quando Davi tentava a todo custo se eleger prefeito de Una/Ba, estando provisoriamente no cargo de prefeito. O fato é até motivo de processo jurídico contra Davi Cerqueira e os vereadores que aprovaram os benefícios na época, tendo até existido penhora dos bens dos envolvidos. Portanto, foram adquiridos na forma irregular e de maneira tendenciosa.
Mas essa não é a única razão da ação da prefeita Diane Rusciolelli. As verdadeiras razões, são os diversos fatos que estão levando o município de Una/Ba a um verdadeiro estrangulamento financeiro, o que não vem permitindo que se faça nenhum tipo de ação em benefício dos mais de 20 mil moradores do município, e o que é pior, num futuro breve, a arrecadação não dará nem para pagar a folha de pagamento desses mesmos funcionários, que com razão emocional, lamentam a perda do acréscimo salarial, mas irão perceber em breve que o sacrifício momentâneo, entre muitos motivos, está o de preservar seus salários, e seus empregos.
A de se lembrar ainda que, essa medida é uma recomendação tanto do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, quanto do próprio Ministério Público quando do parecer jurídico na ação contrária ao estabelecimento desses pagamentos por parte do executivo na gestão de Davi Cerqueira e vereadores que votaram a favor do projeto, sendo eles os grandes culpados, segundo as consequências que sequer foi pauta de estudo econômico na época.
O Município de Una/Ba, se encontra com uma folha de pagamento bem superior ao que a Lei permite, superando a casa dos 76 %, sendo que, o que determina a Lei é que não deve ultrapassar a casa dos 54%. Muito desse acréscimo, está exatamente nessa determinação feita por Davi Cerqueira e os Edis que o apoiaram, sem que fizessem nenhum tipo de estudo para o futuro, e ainda pior, sem os devidos critérios necessários para admitir o respeito à Lei que limita o gasto com folhas de pagamento.
A prefeita Diane teria outras alternativas, que seria o cancelamento do Concurso de 2009, sob pena de inchaço da função coorporativa municipal. Ou ainda, num caso extremo, a demissão de servidores para adequar o valor da folha de pagamento com a arrecadação. A de se lembrar de que em 2009, o prefeito da ocasião colocou cerca de 100 funcionários a mais para atender seus compromissos políticos. Diane assim não procedeu porque sabe que muitos desses servidores verdadeiramente precisam do trabalho e procuram a todo custo valorizar isso se tornando útil dentro do serviço público, e somando para que os serviços tenham e sejam de qualidade.
Contudo, algo era preciso ser feito, senão, ela teria sérios problemas com a Justiça. Como também, a população iria sofrer mais ainda com péssimos serviços, o não atendimento aos anseios do desenvolvimento, e o município estagnado com as obras tão necessárias e que todos desejam.
O fato é que a cada ano, a arrecadação municipal diminui acentuadamente e esses benefícios em questão cressem de forma galopante, sem falar da necessidade de contratação de novos servidores para atender a demanda que também cresce, de acordo com o aumento dos serviços públicos.
Como então administrar? Como realizar os benefícios que mais de 20 mil pessoas anseiam e esperam, se os salários dos servidores absorvem quase que a totalidade da arrecadação? Alguém ou algo tem que ser sacrificado, para que se possa preservar os empregos dos servidores, além da qualidade de serviços públicos prestados e os anseios da população que é maioria nessa história.
É importante acrescentar que todo esse quadro e algo mais envolvendo servidores não são culpa da atual administração, mas sim uma herança recente de administrações irresponsáveis e tendenciosas, a exemplo da dificuldade em se aposentar por parte de alguns servidores, devido o não recolhimento de encargos sociais.            
Atualmente, a administração está obrigada a fazer o repasse na íntegra e mensal para a Previdência, além do pagamento do retroativo de forma parcelada. Houve um prefeito que, além de não pagar a parte patronal, ainda deixou que a sua administração se apropriasse indevidamente dos encargos pagos pelos servidores. O município de Una tem uma despesa fixa de aproximadamente R$ 400 mil/mês com o INSS.
Não obstante em estar ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal atentando inclusive, no seu parágrafo único do art. 40 da Lei Complementar nº o6/91, que pode até comprometer as contas municipais no Tribunal, a atual administração em sua composição jurídica entende que tempo de serviço e antiguidade são a mesma coisa, e o pagamento das férias em 1/3 como todos os demais trabalhadores no país, o que justifica o Decreto. A de ressaltar mais uma vez que, caso o município fique impossibilitado de arcar com a folha de pagamento devido o seu acréscimo bem maior em relação à arrecadação, e não tenha como exercer os serviços a que se destina beneficiando uma população de mais de 20 mil habitantes, a Prefeitura será obrigada a obedecer  a Lei que determina  no art. 169 da Constituição Federal: A DEMISSÃO DOS SERVIDORES ESTÁVEIS. Ou seja, terá que demitir servidores de carreira, o que não e vontade da Prefeita Diane.       
Como os recursos são limitados e em queda livre, cabe a Prefeitura fazer a escolha menos trágica possível. E segundo informações do dptº jurídico, o que foi feito, foi à divisão entre todos os servidores o custo de legislações criadas sem atenção às normas constitucionais. “É melhor dividir o pão entre todos do que demitir uns poucos que poderão ficar sem o pão algum. É preciso entender que o momento é de sacrifícios em todo o país, se não o próprio governo Federal não estaria também estabelecendo novas normas, através de Decreto, tanto na questão trabalhista, quanto nos próprios serviços sociais”.     








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