Quase metade da bancada baiana na Câmara dos
Deputados avalia a possibilidade de disputar uma prefeitura baiana na eleição
do próximo ano. Levantamento feito pelo Bahia Notícias mostra que 16 dos 39
parlamentares são especulados para o pleito de 2020, o que pode abrir espaço
para os suplentes.
O PT é o partido com o maior número de cotados para
a eleição. No entanto, só Zé Neto está confirmado como candidato a prefeito de
Feira de Santana. Além dele, sonham com o Executivo pela sigla: Jorge Solla,
Valmir Assunção, Nelson Pelegrino e Waldenor Pereira. Os três primeiros querem
brigar pelo Palácio Thomé de Souza, já o último deseja a prefeitura de Vitória
da Conquista.
O sonho de Waldenor Pereira esbarra, porém, no
ex-prefeito Guilherme Menezes, que é considerado o postulante natural do
partido na cidade, segundo o presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação.
Além dos petistas, mais nove deputados federais quem competir pela sucessão de
ACM Neto (DEM) em 2020.
São eles: Alice Portugal (PCdoB), Antonio Brito
(PSD), Bacelar (Podemos), Cacá Leão (PP), Felix Mendonça Júnior (PDT), João
Roma e Márcio Marinho, ambos do PRB, Pastor Sargento Isidório (Avante) e Lídice
da Mata (PSB). Brito também é um nome especulado para prefeitura de Jequié, e
Isidório é cotado para os Executivos de Candeias e São Francisco do Conde.
Neófita na política, a presidente do PSL na Bahia,
Dayane Pimentel, é mais uma que não descarta a hipótese de pleitear um cargo no
Executivo. Ela pode brigar pela prefeitura de Feira de Santana no próximo ano.
Já Leur Lomanto Júnior (DEM) tem sido pressionado a aceitar o convite para
competir pela prefeitura de Jequié. Todavia, o democrata resiste à
proposta.
CALENDÁRIO DE REFORMAS
Nos bastidores, o que se diz é que o debate eleitoral de 2020 pode atrasar a agenda de reformas proposta pelo governo federal. A reforma tributária, próxima da lista após a previdenciária, não é consenso entre empresários e pode não trazer benefícios para os municípios (veja aqui). Com medo de mitigar apoio, os parlamentares de olho no Executivo podem tentar atrasar o debate reformista para aumentarem as chances nas eleições municipais.
Nos bastidores, o que se diz é que o debate eleitoral de 2020 pode atrasar a agenda de reformas proposta pelo governo federal. A reforma tributária, próxima da lista após a previdenciária, não é consenso entre empresários e pode não trazer benefícios para os municípios (veja aqui). Com medo de mitigar apoio, os parlamentares de olho no Executivo podem tentar atrasar o debate reformista para aumentarem as chances nas eleições municipais.
Pré-candidato em Feira de Santana, o deputado
federal baiano Zé Neto (PT) declarou que o ano Legislativo que dará
prosseguimento às reformas será difícil não só pelos parlamentares
prefeituráveis. “Ano eleitoral é um sacrifício para se colocar deputado dentro
do plenário. É na eleição de prefeito que começa a eleição do deputado. Você
precisa cuidar da sua base e se envolver no calendário eleitoral, independente
de candidatura”, falou.
O petista acenou para a proposta de unificação dos
mandatos político-partidários. “As eleições deveriam acontecer
unificadas de 5 em 5 anos, de vereador para presidente da República. Assim
teríamos um processo organizado”, declarou Zé Neto.
O movimento de unificar as eleições municipais com
as estaduais é pleito antigo, mas que nunca caminhou rumo à concretização.
Setores da sociedade política defendem que uma eleições a cada 2 anos tornam o
calendário político no Brasil uma eterna campanha.
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