A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia do Ministério Público para levar a julgamento os 19 acusados de envolvimento no chamado “mensalão do Dem”. Entre os acusados, que se tornaram réus criminais, está o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O ex-governador já foi preso por ter sido condenado por improbidade administrativa por ter participado do esquema de coleta e distribuição de propinas entre membros da base de seu governo e deputados distritais. Os réus foram investigados pela operação Caixa de Pandora e ficou conhecido no país após Arruda ter sido flagrado recebendo dinheiro do delator do esquema, Durval Barbosa. A investigação foi conduzida pela Polícia Federal e Ministério Público do DF e Federal. A denúncia foi aceita pelo juiz Atalá Correia, da 7ª Vara Criminal, por considerar que há indícios de fato criminosos, “com todas as suas circunstâncias, em descrição compreensível, bem como a qualificação dos acusados e os esclarecimentos pelos quais se possa identificá-los”. De acordo com o magistrado, a denúncia ainda apresenta a classificação dos crimes e o rol das testemunhas. O caso havia sido denunciado primeiramente pela Procuradoria-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012, mas o tribunal decidiu desmembrar o processo para os réus sem foro privilegiado. Dos 37 denunciados na ação penal, apenas Domingos Lamoglia de Sales Dias, conselheiro do Tribunal de Contas do DF, será julgado pelo STJ. A defesa dos réus negam as acusações, e pedem anulação do processo. O MP, na semana passada, ajuizou 17 ações contra 35 pessoas investigadas pela operação Caixa de Pandora, por corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As ações ainda pedem ressarcimento aos cofres públicos de valor total de R$ 739.528.912,10. José Roberto Arruda é pré-candidato ao governo do Distrito Federal nas eleições deste ano.
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