No governo Newton Lima, em 2009, foi realizada a concorrência pública para implantação de um novo cemitério em Ilhéus, dessa vez particular. O cemitério, que terá o nome de Reviver Cemitério Parque de Ilhéus, pertence à empresa Colina da Saudade Cemitério Parque e Empreendimentos LTDA, que ganhou concorrência para o período de 30 anos, podendo ser renovável.
A área que será construído o espaço, fica em frente à entrada do bairro Teotônio Vilela, atrás do seminário da Diocese de Ilhéus. A obra estrutural das vias que dão acesso ao local, já foram iniciadas, e o projeto já está sendo divulgado no site da empresa responsável.
Em 2009, o Blog Agravo divulgou com exclusividade a concorrência pública para a exploração do novo cemitério, relatando os bastidores do negócio, que movimentou milhões de reais. A empresa ganhadora da concorrência foi trazida pelo lobista Jary Mendonça Filho, coincidentemente, o mesmo que trouxe a empresa GCT, responsável pela fábrica de multas de trânsito em Ilhéus no governo Newton Lima, e que permaneceu na gestão jabista
Há relatos nos bastidores da política, principalmente de vereadores da época da aprovação do projeto, que existe e existiu interferência política e interesses que passam longe da coisa pública, flertando seriamente com a iniciativa privada.
Apesar das suspeitas, o projeto é de alto padrão e chega em um momento importante, onde os ilheenses vivem um drama propiciado pela falta de vagas e cuidados com os cemitérios públicos para enterrar seus entes queridos. A empresa mantém em funcionamento dois cemitérios nas cidades de Teófilo Otoni-MG e Teixeira de Freitas-BA.
Segundo o contrato 673/2009, envolvendo a empresa Colina da Saudade e o município de Ilhéus, os valores dos jazidos e gavetas são de R$ 5.600,00, e a taxa de manutenção de um jazido é de R$ 230,00. Já o aluguel de gaveta individual pelo período de cinco anos fica por R$ 1.850,00, e o jazido duplo, pelo mesmo período custa R$ 2. 750,00.
Ironicamente Ilhéus vive uma situação difícil na área de saúde, com o caos instaurado no único hospital de emergência do município, e falta de atendimento na saúde básica, gerando alto índice de mortalidade. Nesse contexto, um cemitério será altamente lucrativo em uma cidade, que não zela pela saúde de seus munícipes.
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