Fonte; Agência Brasil Notícias
O combate à violência doméstica ganhou hoje (26) um aplicativo (app) que vai facilitar o envio direto de pedidos de medida protetiva aos órgãos competentes, sem precisar recorrer a advogados ou intermediários. O Maria da Penha Virtual foi criado por uma equipe de estudantes de direito e de tecnologia do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia (Ceditec), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A equipe é
liderada pela professora e vice-diretora da Faculdade Nacional de Direito da
UFRJ, Kone Prieto Furtunato Cesário, e o aplicativo será implementado pela
Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar
(Coem), vinculada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
As mulheres que
estejam em situação de violência doméstica podem usar o aplicativo Maria da
Penha Virtual para encaminhar seus pedidos a uma das juízas especializadas do
Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital.
O lançamento,
nesta quinta-feira, foi durante evento virtual organizado pela Escola da
Magistratura do Rio de Janeiro. A equipe de universitários, que criou a
tecnologia, cedida para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), fez uma
apresentação para mostrar como o aplicativo funciona e reforçou a importância
da integração da universidade com o Judiciário.
A violência
doméstica é um problema enfrentado por mulheres de todas as idades, classes
sociais e não se limita às agressões físicas. Não foram poucos os relatos de
mulheres que passaram por relacionamentos abusivos que provocaram impactos
psicológicos e morais. Em muitos casos, este foi um fator que impediu a
denúncia da vítima, muitas vezes, coagida e cercada pelo agressor.
A Lei Maria da
Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, define, entre outras aplicações, a
punição adequada aos agressores. A legislação foi criada para reduzir os casos
de violência doméstica contra mulheres.
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