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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PSB confirma morte de Eduardo Campos em queda de avião

O candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos, morreu nesta quarta-feira (13) aos 49 anos no queda de um jato particular em Santos, no litoral de São Paulo.

Campos nasceu no Recife (PE) em 10 de agosto de 1965. Filho de Ana Arraes, ex-deputada federal, e do escritor e advogado Maximiano Accioly Campos, com apenas 16 anos ingressou na Universidade Federal de Pernambuco para cursar economia; aos 20, formou-se e foi o orador da turma.
Começou a militância ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico. Não traiu o sangue político da família: em 1986, trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na campanha que elegeu governador de Pernambuco o seu avô, Miguel Arraes - que passara 15 anos de exílio provocado pelo regime militar.
Em 1990, depois de trabalhar como secretário de Governo do avô, filiou-se ao PSB e conquistou um mandato de deputado estadual. Chegou ao Congresso Nacional em 1994, dois anos depois de sofrer sua única derrota eleitoral até hoje: foi quinto lugar na eleição que levou Jarbas Vasconcelos pela segunda vez à prefeitura do Recife. Em 1998, foi reeleito para a Câmara dos Deputados como o deputado federal mais votado de Pernambuco. No seu terceiro mandato em Brasília, conquistado em 2002, atuou em defesa da candidatura de Lula, depois de um primeiro turno com Anthony Garotinho.
Ministro do Governo Lula
Em 2003, estreitando os laços com Lula, tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia - o mais jovem no primeiro mandato do presidente. Em sua gestão, foi aprovada a lei que autoriza pesquisa com células-tronco. Data dessa época suas desavenças com o todo-poderoso José Dirceu. Em 2005, Eduardo Campos e Aldo Rebelo, então ministro de Relações Institucionais, manobraram para barrar a CPI dos Correios, que trouxe à tona o Mensalão. Numa reunião com Dirceu, que terminou em clima hostil, Campos teria sido aconselhado a desistir da candidatura ao governo de Pernambuco, em favor do petista Humberto Costa. "Eu não preciso do PT para ser governador. A única pessoa a quem eu tenho de dar satisfação é o Lula", teria respondido, especialmente exaltado. Mais tarde ganharia pontos adicionais com o presidente ao ser fiel durante a crise do Mensalão e ao retirar sua candidatura à presidência da Câmara em favor de Rebelo.


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