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domingo, 4 de janeiro de 2015

Bahia lidera relatos de tráfegos e milícias no projeto Minha Casa, Minha Vida


Moradores de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, construídos com recursos do governo federal, relataram problemas com tráfico, atuação de milícias, venda ilegal de apartamentos e até homicídios em pelo menos 16 estados do país, de acordo com informações do jornal Estado de S. Paulo. A venda de drogas é a ocorrência mais frequente: das 108 denúncias enviadas desde abril aos Ministérios da Justiça e das Cidades, 70% envolvem a presença de traficantes, que chegam a expulsar, agredir e até matar moradores. A Bahia ficou na liderança das denúncias, com 24 relatos. Só de um condomínio de Salvador, o Residencial Pirajá, com 340 apartamentos, partiram sete, relacionados principalmente ao tráfico. O conjunto residencial foi inaugurado na capital baiano em 9 de março de 2012, com a presença do então governador Jaques Wagner (PT) Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram empatados com 18 denúncias e São Paulo recebeu 10. A lista foi obtida pelo jornal com o Ministério da Justiça, por meio da Lei de Acesso à Informação. As denúncias foram recebidas pelo grupo executivo criado em abril com o objetivo de “desenvolver ações integradas com órgãos de segurança sobre condutas ilícitas no âmbito de programas habitacionais instituídos pela União”. O Ministério das Cidades informou que entre 1,5% e 2% do investimento feito na construção de um condomínio é repassado às prefeituras para oficinas e a criação de estratégias de desenvolvimento e acompanhamento das famílias - incluindo a capacitação de síndicos.

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