Você tem quatro mil amigos no seu Facebook, mas, entre todos eles, conhece realmente menos de 200? Com o avanço da tecnologia, uma situação como esta, há anos impensável, tornou-se comum. As tecnologias digitais tornaram-se uma arma poderosa no que diz respeito à amizade e estão transformando as relações interpessoais.
Neste dia 20 de julho, Dia do Amigo, você provavelmente enviará uma carinhosa mensagem para alguém que nunca conheceu pessoalmente ou que mora em outra cidade, estado, quiçá país. E isto só é possível porque as tecnologias atualizaram as definições de distância. Entretanto, ainda há um pessimismo grande em torno das relações construídas com ajuda da internet.
Muitos especialistas, por exemplo, defendem que os vínculos surgidos por meio das inovações tecnológicas são frágeis e o válido mesmo é o contato físico, face a face. Para o mestrando em Psicologia Maurício Moura, não necessariamente estas relações no mundo virtual são piores do que no mundo real. Para ele, que estuda em um mestrado na Universidade Federal da Bahia (Ufba) como a intimidade entre as pessoas foi transformada pela tecnologia, tudo depende da forma como ela é utilizada. “Eu tento não colocar um juízo de valor.
É uma questão de como as pessoas se posicionam e apropriam essas tecnologias. A gente parte da perspectiva de que a tecnologia vem para transformar fenômenos sociais já existentes. Muitos pesquisadores têm tentado desvincular essa ideia negativa”, afirmou Moura, em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo o pesquisador do Grupo de Interação, Tecnologia e Sociedade (Gits), as amizades não costumam “brotar do zero” na internet, como pensa muita gente. “Pela minha pesquisa e observação, me parece que não. Parece que existe um relacionamento prévio ou uma tentativa de contato prévio, mesmo que indiretamento, por meio de pessoas que já estão no seu ciclo”, explicou.
Ele ainda fez uma ponderação: nas redes sociais, é muito difícil atualmente que as relações surjam do nada. A própria tecnologia se encarrega de dar um empurrãozinho. “Para uma amizade acontecer do nada, isso acontece mais facilmente com pessoas que moram em locais diferentes. Mas eu não diria nem do nada, pois, nas redes sociais, você tem configurações que aproximam as pessoas. Os algoritmos tentam aproximar pessoas”, apontou.
Ainda de acordo com o pesquisador, a visão de que os vínculos nascidos na internet são mais fracos é fruto de uma ideia “tradicional” de que, para desenvolvê-los, é preciso contato físico. “Isso não é condição social para formar vínculos. As relações formadas na internet dependem muito do que a pessoa cultivou ao longo do tempo. Você vê que jovens imersos na cultura digital têm uma dinâmica mais acentuada em relação a se comunicar usando dispositivos móveis com os amigos, é mais comum para formar e cultivar vínculos”, assinalou. As pesquisas sobre interações nestes novos espaços podem ainda ter várias discordâncias e resultados inconclusivos, mas uma coisa é certa: neste mundo da internet e das tecnologias digitais, o Dia do Amigo está mais virtual do que nunca.
Neste dia 20 de julho, Dia do Amigo, você provavelmente enviará uma carinhosa mensagem para alguém que nunca conheceu pessoalmente ou que mora em outra cidade, estado, quiçá país. E isto só é possível porque as tecnologias atualizaram as definições de distância. Entretanto, ainda há um pessimismo grande em torno das relações construídas com ajuda da internet.
Muitos especialistas, por exemplo, defendem que os vínculos surgidos por meio das inovações tecnológicas são frágeis e o válido mesmo é o contato físico, face a face. Para o mestrando em Psicologia Maurício Moura, não necessariamente estas relações no mundo virtual são piores do que no mundo real. Para ele, que estuda em um mestrado na Universidade Federal da Bahia (Ufba) como a intimidade entre as pessoas foi transformada pela tecnologia, tudo depende da forma como ela é utilizada. “Eu tento não colocar um juízo de valor.
É uma questão de como as pessoas se posicionam e apropriam essas tecnologias. A gente parte da perspectiva de que a tecnologia vem para transformar fenômenos sociais já existentes. Muitos pesquisadores têm tentado desvincular essa ideia negativa”, afirmou Moura, em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo o pesquisador do Grupo de Interação, Tecnologia e Sociedade (Gits), as amizades não costumam “brotar do zero” na internet, como pensa muita gente. “Pela minha pesquisa e observação, me parece que não. Parece que existe um relacionamento prévio ou uma tentativa de contato prévio, mesmo que indiretamento, por meio de pessoas que já estão no seu ciclo”, explicou.
Ele ainda fez uma ponderação: nas redes sociais, é muito difícil atualmente que as relações surjam do nada. A própria tecnologia se encarrega de dar um empurrãozinho. “Para uma amizade acontecer do nada, isso acontece mais facilmente com pessoas que moram em locais diferentes. Mas eu não diria nem do nada, pois, nas redes sociais, você tem configurações que aproximam as pessoas. Os algoritmos tentam aproximar pessoas”, apontou.
Ainda de acordo com o pesquisador, a visão de que os vínculos nascidos na internet são mais fracos é fruto de uma ideia “tradicional” de que, para desenvolvê-los, é preciso contato físico. “Isso não é condição social para formar vínculos. As relações formadas na internet dependem muito do que a pessoa cultivou ao longo do tempo. Você vê que jovens imersos na cultura digital têm uma dinâmica mais acentuada em relação a se comunicar usando dispositivos móveis com os amigos, é mais comum para formar e cultivar vínculos”, assinalou. As pesquisas sobre interações nestes novos espaços podem ainda ter várias discordâncias e resultados inconclusivos, mas uma coisa é certa: neste mundo da internet e das tecnologias digitais, o Dia do Amigo está mais virtual do que nunca.
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