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sexta-feira, 2 de maio de 2014
Oposição alega campanha antecipada e diz que vai recorrer à Justiça contra pronunciamento de Dilma
A oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) reagiu na noite desta quarta-feira (30) ao pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, no qual a petista falou sobre o cenário econômico nacional, os escândalos ligados a contratos da Petrobras e anunciou correções na tabela do Imposto de Renda (IR) e no valor do Bolsa Família. O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, afirmou, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, que questionará as declarações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por considerar que se tratou de campanha eleitoral antecipada. “A primeira conclusão é que é necessário acabar com o processo de reeleição no Brasil porque o abuso é desmedido. O que ela fez hoje foi campanha eleitoral antecipada e com dinheiro público. É um ritmo de discurso eleitoral com discurso mentiroso”, acusou. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, também defende a medida. “Vou propor à Executiva do partido que entremos com uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) porque o que ela fez foi um palanque eleitoral com recurso público. O PT privatizou a fala presidencial. O horário gratuito é para ser utilizado para pronunciamento de chefe de Estado e agora está privatizado a favor de um partido. Vamos reestatizar isso. É uma aberração. Estão apelando porque ela está despencando na popularidade e agora promete tudo a 60 dias do começo da campanha”, argumentou. Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato ao Planalto e um dos principais adversários de Dilma no pleito de outubro deste ano, o pronunciamento foi “um dos mais patéticos episódios já vistos na política brasileira” e “representa o desespero de um governo acossado por sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente da República fragilizada pelo boicote da sua própria base”.
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