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quinta-feira, 19 de junho de 2014
Discursos calorosos de Geddel e ACM Neto afogam as fracas palavras de Paulo Souto na largada
O último discurso da convenção partidária que homologou, nesta quarta-feira (18), o nome de Paulo Souto (DEM) para disputar o comando do governo da Bahia nos próximos quatro anos foi reservado à principal estrela do evento, como determina o protocolo, o próprio postulante democrata.
Depois de ouvir dois calorosos discursos que o antecederam, o do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o do postulante ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB), Souto recebeu a missão de ler um calhamaço de papel, impresso com letras fonte 50 para enxergar bem. A estratégia utilizada cansou a já cansada plateia que já estava desde às 9h30 para receber a principal chapa oposicionista. Os políticos só chegaram depois das 11h no Espaço Unique, na capital baiana.
Durante todo o momento em que leu o discurso, Souto, que algumas vezes deixava a frente do microfone e suas finalizações eram cortadas repentinamente, só conseguiu arrancar aplausos do público quando deixava a resma de papel de lado e passava a discursar com voz mais firme e palavras construídas pela sua própria mente.
No papel, com informações de todas as propostas que prometeu implantar se eleito for, Souto só conseguiu prender a atenção dos presentes quando o assunto foi o PT, partido do governador Jaques Wagner, que tenta fazer seu sucessor, Rui Costa, principal concorrente do ex-líder baiano. “Se eleito, não vou ficar procurando desculpas, ou apontando culpados, para as dificuldades que certamente encontrarei pelo caminho. (...) Nas mãos do PT, a Bahia é um navio sem rumo. Não sabe para onde quer ir. Sob a gestão petista, estamos perdendo espaço para Pernambuco, para o Ceará”, bateu, lendo e arrancando umas palmazinhas, mas sem muito estardalhaço.
Outro recado, mas que também não foi tão percebido pela plateia, foi dado novamente aos seus principais concorrentes. “O povo mostrou que é soberano e elegeu ACM Neto [Salvador] e José Ronaldo [Feira de Santana]. Quando o povo quer, não adianta ameaçar, não adianta mentir, não adianta vir com tropa de ministros ou com presidente, porque a vontade popular vale mais do que as ameaças de um partido que está achando que virou dono da Bahia”, discursou, com as vistas e braços voltados na maior parte do tempo para baixo.
Convenção
A convenção partidária que oficializou a candidatura a governador na chapa majoritária da oposição, ao lado de Joaci Góes (PSDB), candidato a vice, e Geddel Vieira Lima (PMDB), ao Senado, foi realizada na manhã quarta-feira (18), no Espaço Unique, na Avenida Tancredo Neves, Caminho das Árvores, centro financeiro de Salvador.
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