A
campanha realizada pelo Hemoba e a Clínica UnaFisiom na cidade de Una/Ba, com o
objetivo de realizar um cadastro de doadores de Medula Óssea, conseguiu
resultados surpreendentes nos dois primeiros dias de atuação do programa na sede
do município.
Segundo
a coordenadora da Clínica e a técnica do Hemoba responsável pelo programa em Una,
a demanda vem surpreendendo a todos e a participação popular tem sido
fundamental para o sucesso dos trabalhos, o que deixou toda a equipe bastante
esperançosos ao que tange o alcança dos objetivos programados.
De
acordo com as informações da técnica do Hemoba, qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula
óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob
anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias., Os doadores preenchem um formulário com
dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10ml para testes.
Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a
compatibilidade entre o doador e o paciente. Os dados pessoais e os
resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o
cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para
exames complementares e para realizar a doação.
A técnica responsável pela Clínica UnaFision
acrescentou que tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da
compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar
uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL! Por isso, são
organizados Registros de Doadores
Voluntários de Medula Óssea, cuja
função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de
transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se
for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
A profissional do Hemoba disse também que, para
o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a
diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de
solidariedade e de amor ao próximo. É muito importante que sejam mantidos
atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador
no momento exato.
Como é feita a doação
será
retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5 a 10ml) e preenchida
uma ficha com informações pessoais.
Seu
sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste
de laboratório para identificar suas características genéticas que podem
influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Os resultados são confidenciais e
servem apenas para os fins do REDOME.
Seus
dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula
óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames
de sangue serão necessários.
Se
a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que
deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.
A
doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia
peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos
primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a
moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.
Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da
primeira semana.
Existe
uma outra forma de obtenção das células-tronco da medula óssea, que utiliza uma
máquina específica (aférese) para separar do sangue periférico (corrente
sanguínea), as células necessárias para o transplante. Neste caso, o doador tem
que receber um medicamento antes da doação (fator de crescimento), que estimula
a medula óssea a liberar estas células para a corrente sanguínea. Esta técnica
só é utilizada em casos específicos, sob decisão médica e com consentimento do
doador.
A
campanha acontece também no distrito da Colônia, no posto de Saúde da localidade,
no dia 13/12, com início às 8hs.
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