O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli toma posse
hoje (13) no cargo de presidente da Corte. A cerimônia de posse será às 17h, no
plenário do Supremo. O ministro ficará no cargo pelos próximos dois anos. Ele
irá suceder Cármen Lúcia.
Toffoli tem 50 anos e foi nomeado para o STF, em 2009, pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de chegar ao Supremo, o ministro
foi advogado-geral da União e advogado de campanhas eleitorais do PT.
Perfil pacificador
O ministro é conhecido por evitar polêmicas e por ter um tom pacificador
em suas decisões. De acordo com os colegas da Corte, o novo presidente fará um
trabalho ligado à gestão administrativa do Judiciário, por meio do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também comandará.
A partir da semana que vem, Toffoli comandará as primeiras sessões da
Corte. Foram pautadas somente ações que tratam de licenciamento ambiental e
ações de inconstitucionalidade contra leis estaduais.
A
expectativa é de que pautas polêmicas não sejam julgadas antes das eleições de
outubro. Segundo assessores próximos, o tribunal não deve julgar novamente a
autorização para a execução de condenações criminais, fato que é defendido por
advogados de condenados na Operação Lava Jato.
Para o
ministro Gilmar Mendes, um dos integrantes da Corte que deram apoio inicial
quando Toffoli chegou ao STF, o novo presidente poderá dar continuidade às
políticas públicas do Judiciário.
“Eu tenho boa
expectativa. O ministro Toffoli é muito voltado para a questão de gestão,
dedicou-se a isso na AGU e também no TSE, tem um gabinete organizado, acho que
fará uma boa gestão, tanto no Supremo como no CNJ. De alguma forma acho que
para o Judiciário, na visão administrativa, o CNJ é até mais importante do que
o Supremo, porque ele trata políticas judiciárias, define regulamentos do
Judiciário como um todo, faz prioridades, portanto, acho importante ter um bom
gestor à frente do CNJ para dar continuidade a políticas públicas que vem se
desenvolvendo”, disse Mendes.
No mais
recente balanço divulgado no final do ano passado, Toffoli informou que, em 8
anos, reduziu o acervo de seu gabinete em 77%. Quando chegou ao Supremo, o
ministro tinha cerca de 11 mil processos em seu acervo. Atualmente, existem
cerca de 2 mil.
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