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sábado, 20 de dezembro de 2014

Brasileiros brilham no UFC - Renan Barão, Erik Silva e Lyoto Machida fazem da diferença




Vindo de derrota em uma disputa de cinturão contra Chris Weidman, Lyoto Machida precisou de apenas 1min02 de luta e um golpe perfeito para nocautear o norte-americano CB Dollaway, na madrugada deste domingo, na luta principal do UFC Barueri - evento que fechou a temporada da franquia.
Mas mesmo com uma vitória tão rápida, o brasileiro fez questão de exaltar seu adversário, que vinha de quatro vitórias em seus últimos cinco combates. "CB é um cara duro, só que o golpe entrou, ele sentiu, mas é um grande lutador, tem grandes vitórias merece nosso respeito."
"Queria agradecer muito esse público que ajudou muito. Feliz com essa oportunidade e queria agradecer a todos que vieram o carinho que tiveram comigo", completou.
E Machida mandou um recado para o presidente Dana White: ainda quer voltar a disputar o cinturão dos pesos médios - categoria que está com um cartel de três vitórias e apenas uma derrota no UFC. "Estou esperando o chefe escolher o próximo desafio, mas meu objetivo é o cinturão.

Barão finaliza canadense no UFC e provoca campeão: "vou calar a sua boca
Não foi tão fácil como muitos esperavam. Mas Renan Barão cumpriu na madrugada deste domingo no UFC Barueri a promessa de que fecharia 2014 com uma imagem melhor do que as frustrações das últimas lutas. O ex-campeão do peso galo venceu Mitch Gagnon por finalização após sofrer com a "amarração" do rival.

Logo depois, mostrou língua afiada e provocou o campeão TJ Dillashaw. "Só quero dizer uma coisa, quero meu cinturão de volta. O Mitch é um cara duro, falei que não era conhecido, mas vinha da boas vitórias. TJ, tenho dois presentes para você: minha mão esquerda e minha mão direita. Eu vou calar a sua boca, você está falando muita besteira", declarou após a luta.

O lutador potiguar havia deixado impressão ruim nas duas últimas vezes em que foi escalado para atuar: em maio, perdeu seu cinturão para TJ Dillashaw ao ser nocauteado em uma atuação irreconhecível. Cerca de três meses depois, foi lhe concedida a revanche. Mas ela não aconteceu depois de um acidente na banheira enquanto tentava perder peso, um dia antes do combate.

Barão afirmou durante a semana que queria limpar a imagem com um triunfo que o recolocasse no caminho para ter futuramente uma nova chance de disputar o cinturão (TJ Dillashaw e Dominick Cruz duelarão pelo título em 2015). "Aquilo passou já, é uma página fora do livro. Sábado vocês vão ver uma total diferença no meu jogo de antes em relação ao de agora. Vou sair na mão mesmo pra dar um espetáculo pra todo mundo", declarou nos treinos de quinta-feira.

A tendência é que o ex-campeão, atual número um do ranking dos galos, seja o próximo desafiante e enfrente o vencedor do embate entre os americanos. Resta saber se fará isso de maneira direta, ou se ainda terá que vencer mais um combate no primeiro semestre.

Barão falou e fez. Contra o perigoso Gagnon, que tinha 12 vitórias (11 por finalização) em 14 lutas, conseguiu ditar o ritmo desde os primeiros segundos e foi pouco ameaçado. Tinha apenas que se preocupar em fugir dos clinches e tentativas de Gagnon de buscar a luta agarrada.

Depois de muito estudo, o brasileiro achou o tempo do rival no final do primeiro round e acertou um forte cruzado de esquerda que derrubou o canadense. Gagnon se levantou rapidamente e evitou mais golpes. 

No segundo round, o lutador da América do Norte voltou a procurar o grappling e chegou a colocar Barão na grade, mas sem desferir golpes contundentes. Até que o árbitro decidiu tirar os dois lutadores da posição. Depois disso, os dois chegaram a trocar socos de maneira mais afoita. Mas Gagnon acabava por procurar jogar o brasileiro na grade.

O potiguar parecia cansado no terceiro round e perdeu o ímpeto agressivo. Ao contrário de seu tradicional estilo, até procurou levar o rival para a grade em alguns momentos. Vivia situação desconfortável no round decisivo, até conseguir uma queda quando faltavam dois minutos. Depois disso, os dois se embolaram, e Barão conseguiu encaixar um katagatame até o rival dar os três tapas de desistência na luta.

Erick Silva "apaga" americano no UFC Barueri; campeão do TUF é dominado
Tido como uma das maiores esperanças do MMA nacional, o capixaba Erick Silva pode ter colocado um ponto final nos altos e baixos de sua carreira na noite deste sábado, no UFC Barueri. Obteve uma vitória por finalização nos minutos iniciais do primeiro round contra Mike Rhodesm e "apagou" o americano..

O peso médio estreou no UFC em 2011 cheio de expectativas, mas oscilou muito e teve quatro vitórias e quatro derrotas até então. Chegou a receber críticas pela falta de gás e explosão nas derrotas contra Matt Brown, Dong Hyun Kim e Jon Fitch.

Mas, contra Mike Rhodesm, conseguiu impor seu jogo com facilidade, logo no começo. Após alguns chutes rodados, foi para o chão com o rival. Demonstrou bom jiu-jitsu até encontrar boa posição e encaixar um katagateme. O americano tentou resistir e não bateu, "apagando". O árbitro interrompeu o combate assim que percebeu que Rhodsem não esboçava mais reação.

"Eu devia uma vitória. Consegui essa vitória para vocês (torcedores). Obrigado aos meus fãs que estão sempre comigo. Sei que Rhodesm é bom em pé e gosto de trocar também. Mas sou bom de jiu-jitsu e queria colocar ele para baixo. Às vezes estava deixando meu jiu-jitsu de lado. Fiz o que meus técnicos pediram e consegui colocar a luta para baixo", falou.

Sarafian respira

No único duelo brasileiro do UFC Barueri, Daniel Sarafian venceu Antonio dos Santos Júnior em disputa que abriu o card principal. A vitória do ex-TUF veio em função de uma lesão no dedo do rival e interrupção médica.

Preferido do público que lotou o ginásio José Corrêa, o ex-lutador do TUF Brasil 1 se recupera assim de sequência negativa que chegava a ameaçar sua continuidade em caso de derrota.

Desde sua participação na primeira edição do reality show do UFC, Safafian havia lutado quatro vezes, com três derrotas. Na última, tinha sido finalizado no primeiro round pelo japonês Kiichi Kunimoto.

Os brasileiros protagonizaram um combate franco e sem a temida amarração que o público brasileiro não gosta. Desde os primeiros instantes, muitos socos e chutes foram trocados, e os dois lutadores balançaram.

Dos Santos conseguiu uma queda e golpeou bastante o paulista, que demorou a se levantar. Depois que ficou em pé novamente e partiu pra cima. A trocação continuou, e Sarafian conseguiu uma derrubar no final, em um round muito equilibrado.

No começo do segundo round, Sarafian contou com um fator inusitado para a vitória. Antonio sofreu uma lesão em um dos dedos da mão esquerda e pediu a interrupção da luta. O árbitro esperou alguns instantes, até o médico fazer avaliação e decretar que o lutador não tinha mais condições de continuar.

Campeão do TUF 3 perde

Campeão do TUF Brasil 3 entre os pesados, Antônio Cara de Sapato fez sua estreia no meio-pesado contra Patrick Cummins, um duro lutador que vinha de duas vitórias consecutivas na organização. O brasileiro perdeu em decisão unânime dos juízes.

Cara de Sapato sofreu com o wrestling do americano e foi colocado pra baixo rapidamente. Por algumas vezes esboçou algumas chaves de perna e joelho, mas Cummins conseguia escapar. Parecia faltar força ao brasileiro.

Nem mesmo a força do público nos momentos em que o campeão do TUF 3 se levantava foram suficientes para que levasse a melhor na trocação. O americano pegou o tempo dos golpes e conseguia quedas e o domínio por baixo.

Silvério cai no final


Quem também não teve sorte foi Elias Silvério. O paulista de Pirapora do Bom Jesus fez combate movimentado contra o russo Rashid Magomedov, mas acabou sendo nocauteado no terceiro round ao levar um soco que o derrubou, Rashid continuou a aplicar a sequência até a interrupção, restando apenas três segundos para o fim. Foi a luta de três rounds a terminar mais perto de soar o gongo na história do UFC.

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