O prefeito da cidade de Canavieiras (Drº Almeida), ao
tentar justificar e explicar para a população através de vídeo em sua rede
social, caiu completamente em contradição aos autos do processo de nº 0024099-29.2017.8.05.0000.
Veja Vídeo.
Nesse vídeo que foi colocado pelo próprio prefeito em
suas redes sócias, ele fala “que uma moça de primeiro filho que a gente chama
de primigesta chegou ao meu plantão dele por volta de meia noite.” Ai está à
primeira contradição feita pelo prefeito. Segundo o inquérito policial e o
processo, a paciente chegou às 23h30min, e o fato não aconteceu em 2015 como
fala o médico, mas sim, em 06 de julho de 2013.
Veja inquérito:
Dando continuação, o Sr. Prefeito disse ainda em seu
vídeo disse que: “Ao examinar
constatamos um diagnóstico prolapso de cordão. O que significa isso, quando o
cordão umbilical se projeta antes da cabeça do feto. O cordão umbilical é o que
alimenta o feto, que sai da placenta e vai até o feto, e onde passa o oxigênio,
e o cérebro humano , três minutos sem a oferta de oxigênio, já existe a morte cerebral.
Então é uma situação de extrema urgência obstétrica (extrema urgência significa: ato de fazer chegar ao extremo ou ao máximo), onde a indicação
em se fazer uma cesariana IMEDIATAMENTE, e como na época do
acorrido, o centro cirúrgico do hospital infelizmente estava interditado, sem a
menor possibilidade de se proceder, nós imediatamente tomamos as providências,
e colocamos a gestante no oxigênio, tentamos reduzir colapso do cordão e se providenciou a
transferência para Ilhéus. Para a Maternidade Santa Helena, onde se teria
procedido a cesariana.” Essa foi a explicação do médico que hoje, é um homem
público.
Nos autos da investigação policial
(documentos abaixo), o corrido foi exatamente outro. Segundo o que foi aperado
pela polícia Civil e o Ministério Público, a paciente foi examinada pelo médico
que hoje é prefeito Dr. Almeida, através do exame de toque, e que o médico em
questão tinha dito para a paciente aguardar, saindo em seguida para dormir, e
que o médico informou que teria outro trabalho no dia seguinte. Segundo o que a
polícia apurou, a paciente, sentindo muitas dores ligou para sua tia que estava
do lado de fora do Hospital e pediu socorro. Pedia para que ela chamasse o
médico. Nesse momento, segundo a investigação e o que consta nos autos do
processo, a enfermeira que acompanhava o caso, a interrompeu dizendo que não
era para chamar o médico, pois não estaria na hora, e que só chamaria o médico
as 6h30 horas, assim como o fez.
Ora, em seu vídeo Dr. Almeida disse que
identificou um quadro de extrema emergência e que a paciente precisava de uma
intervenção cirúrgica de imediato, então porque ele entregou o caso a
enfermeira e foi dormir, e, de acordo com os autos do processo, porque ele não
providencio a remoção da paciente na mesma hora para Ilhéus? São nessas ações
dos autos que a justiça está se apegando para condenar o médico em questão por
se recusar a prestar o devido socorro a paciente.
Quem será está mentindo prefeito? O Ministério
Público e a polícia do Estado da Bahia, ou o senhor que disse em seu vídeo que
tomou todas as providencias.
Vejam bem o que disse o prefeito em seu
vídeo:
“Então é uma situação de extrema urgência obstétrica (extrema
urgência significa: ato de fazer chegar ao
extremo ou ao máximo), onde a indicação em se fazer uma cesariana IMEDIATAMENTE, e como na época do acorrido, o centro cirúrgico do
hospital infelizmente estava interditado, sem a menor possibilidade de se
proceder, nós imediatamente tomamos as providências, e colocamos a gestante no oxigênio,
tentamos reduzir colapso do cordão e se
providenciou a transferência para Ilhéus.”
Totalmente contrário ao que estar
exposto nos autos do processo.
A questão é:
- Porque o médico foi dormir?
- Porque o médico não determinou de
imediato a remoção da paciente para Ilhéus?
- Porque o médico agora apresenta para a
sociedade de Canavieiras, essa nova versão, totalmente diferente dos autos do
processo?
Nos autos do processo consta que a
paciente só foi removida por volta de 8hs da manha do dia seguinte quando uma
nova equipe médica assumiu o plantão em lugar de Dr. Almeida. Então, a paciente
ficou cerca de 8 hs aguardando para ser removida para outro Hospital chegando
lá por volta das 9h30. Quem está mentindo?
Outra contradição do prefeito está
quando ele diz:
Colocamos a gestante no oxigênio,
tentamos reduzir colapso do cordão e se
providenciou a transferência para Ilhéus, para
a Maternidade Santa Helena, onde se teria procedido a cesariana”.
Nos autos do processo consta a
informação de que ao chegar na Maternidade de Ilhéus, o bebê já tinha chegado
sem vida por falta de oxigênio. Vejam bem. O prefeito diz em seu vídeo que em
Ilhéus a paciente foi submetida a uma cesariana. Mas, nos autos do processo
consta que o bebê já chegou sem vida por falta de oxigênio. No vídeo, ele acaba
admitindo isso, mas coloca a culpa na distância do deslocamento. Quem está
mentindo?
O prefeito ainda disse em seu vídeo “que na época, foi feito uma queixa. O
Delegado instaurou inquérito. Ouviu toda a equipe médica de plantão do sábado
que eu era o médico plantonista. Do plantão do domingo, e apuraram-se todas as evidências.
Todos os depoimentos das testemunhas, e o próprio delegado inocentou todas as
duas equipes. Dando como provável culpado o Hospital, que na época, o Centro Cirúrgico
estava interditado.”
Não
é o que apresenta os documentos anexados aos autos do processo, e que está exposto
abaixo. Quem está mentido Sr. Prefeito?
A oposição política da cidade, de posse
dessas informações, disse que “o prefeito está tentando enganar mais uma vez o
povo com mentiras e inverdades com o objetivo de resguardar a sua imagem.”
Segundo eles, essa nova versão do prefeito em vídeo exposto nas redes sociais
já esta sendo encaminhada para o Ministério Público que deve anexar aos autos
do processo, e que, segundo um especialista
da área criminal, pode sim, ser relevante para a decisão da Justiça ao que tange
que, no mínimo, fica ai identificado que o Dr. Almeida pode ter mentido também
em seu depoimento nos autos do processo.
Ministério Público
investiga uma possível compra de testemunha
Corre
em curso tanto por parte do Ministério Público, quanto pela imprensa uma
investigação a respeito da mudança de comportamento do pai da vítima, que, após
separar da esposa, resolveu retirar a queixa com o apoio jurídico do próprio
acusado. (segundo o prefeito falou em seu vídeo).
Já se sabe que houve sim uma mudança de
padrões na vida econômica do pai da criança e isso é um dos motivos relevantes
que estão movendo essas suspeitas.
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