Após aumento da procura e risco de desabastecimento das substâncias hidroxicloroquina e cloroquina, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira (20) enquadrar os medicamentos no status de controle especial. A constatação de um estudo preliminar indicou que os medicamentos contribuiriam no tratamento do Covid-19, isso fez com que os remédios sumissem das farmácias.
A cloroquina e hidroxicloroquina são medicações de uso contínuo e indicadas para tratamento de doenças reumáticas e do lúpus. “Esse remédio é usado para doenças muito graves. As pessoas precisam usar esse medicamento, se não usar elas vão adoecer”, alertou o médico e professor da UniFTC Aquiles Camelier.
O profissional ainda destacou que antes de se assumir que um medicamento tem um ação, é preciso a realização de muitos testes. “Tem um protocolo rigoroso, estudo com muitas pessoas, especialmente comparando com aquelas pessoas que não usam o remédio. E isso não foi feito no caso do Covid-19”, explicou Camelier.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota esclarecendo que até o momento nenhum tratamento específico para o Covid-19 é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pelo governo brasileiro. Além disso, a entidade destaca que embora novos protocolos e vacinas estejam em fase de análise, até o momento não há estudos conclusivos que comprovem a eficácia e segurança do uso de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.
A nota emitida pelo CFM ainda afirma que a compra e uso indiscriminado desses medicamentos não é recomendada, e que a automedicação pode representar grave rico à saúde.
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