O Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou
deflação (queda de preços) de 0,31% em abril deste ano. A taxa é a menor
variação mensal do IPCA desde agosto de 1998 (-0,51%). Em março deste ano,
havia sido registrada inflação de 0,07%. Já em abril de 2019, a taxa havia
ficado em 0,57%. Dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
Com o resultado, o IPCA
acumula taxas de inflação de 0,22% no ano e de 2,40% nos últimos 12 meses.
A principal contribuição
para a deflação de abril veio dos transportes, que teve queda de preços de
2,66% no mês. A queda foi puxada principalmente pelos combustíveis (-9,59%). A
gasolina recuou 9,31%, o etanol, 13,51%, o óleo diesel, 6,09% e o gás veicular
(-0,79%).
Outros cinco grupos
tiveram deflação: artigos de residência (-1,37%), saúde e cuidados pessoais
(-0,22%), despesas pessoais (-0,14%), habitação (-0,10%) e comunicação
(-0,20%). Educação não teve variação de preços.
Por outro lado, os
alimentos registraram inflação de 1,79% e evitaram uma queda maior do IPCA.
Entre os produtos que se destacaram na alta de preços estão cebola (34,83%),
batata-inglesa (22,81%), feijão-carioca (17,29%) e leite longa vida (9,59%).
"Há uma relação da
restrição de oferta, natural nos primeiros meses do ano, e do aumento da
demanda provocado pela pandemia de covid-19, com as pessoas indo mais ao
mercado, cozinhando mais em casa", afirma o pesquisador do IBGE Pedro
Kislanov.
O único grupo de despesa
que teve alta além de alimentação foi vestuário (0,10%).
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