O governador Rui Costa (PT) anunciou que deve apresentar nos próximos dias a chapa da candidatura dele à reeleição. Além do próprio petista, já estão confirmados publicamente os nomes do vice-governador, João Leão (PP), e do ex-governador Jaques Wagner, que deve ser candidato ao Senado.
A última vaga, como há muito se especula, deve ficar com Angelo Coronel (PSD), deixando de fora a senadora Lídice da Mata (PSB), que almejava a reeleição. Como todos os envolvidos gostam de frisar, o processo de escolha da chapa ficou restrito ao governador – cujo perfil centralizador não é novidade.
O problema é que, na condução, Rui errou a mão ao cozinhar demais o projeto de Lídice. Ao ser questionado pela imprensa, utilizava a estratégia de tangenciar, preferindo falar sobre amenidades, a exemplo das inaugurações de projetos de saúde e educação. Por mais que esses assuntos incomodem, o papel de agente político exigiria que ele tivesse posicionamentos mais claros. Não foi o que aconteceu.
O governador deve ser o mestre a reger a orquestra política, ainda mais em um processo de reeleição como o dele – cada vez mais tranquilo, como sabemos. Porém, ao se negar a falar publicamente sobre o tema, Rui deixou margem para as crescentes especulações, que rebaixaram Lídice de candidata ao Senado e uma das principais defensoras do legado de Dilma Rousseff desde o início do processo de impeachment a uma mera coadjuvante de mais uma guinada à centro-direita do petismo na Bahia.
Caso se confirme a indicação do PSD para a segunda vaga ao Senado, independentemente de ser Coronel ou não, o pragmatismo falará mais alto do que a história. Todavia Michel Temer e o MDB são apenas um dos exemplos de que o excesso desse pragmatismo pode trazer consequências bem distintas para os envolvidos (e isso não quer dizer que o PSD baiano trairia o PT da Bahia).
Mesmo que possua apoio de segmentos do PT e esteja mais ligada à esquerda, Lídice não terá tempo e dinheiro para viabilizar uma campanha avulsa ao Senado. A socialista seria então obrigada a se contentar com as “sobras” da aliança de PT-PP-PSD. De certo, ela precisa que o próprio Rui assuma as consequências de deixá-la de fora da chapa.
A última vaga, como há muito se especula, deve ficar com Angelo Coronel (PSD), deixando de fora a senadora Lídice da Mata (PSB), que almejava a reeleição. Como todos os envolvidos gostam de frisar, o processo de escolha da chapa ficou restrito ao governador – cujo perfil centralizador não é novidade.
O problema é que, na condução, Rui errou a mão ao cozinhar demais o projeto de Lídice. Ao ser questionado pela imprensa, utilizava a estratégia de tangenciar, preferindo falar sobre amenidades, a exemplo das inaugurações de projetos de saúde e educação. Por mais que esses assuntos incomodem, o papel de agente político exigiria que ele tivesse posicionamentos mais claros. Não foi o que aconteceu.
O governador deve ser o mestre a reger a orquestra política, ainda mais em um processo de reeleição como o dele – cada vez mais tranquilo, como sabemos. Porém, ao se negar a falar publicamente sobre o tema, Rui deixou margem para as crescentes especulações, que rebaixaram Lídice de candidata ao Senado e uma das principais defensoras do legado de Dilma Rousseff desde o início do processo de impeachment a uma mera coadjuvante de mais uma guinada à centro-direita do petismo na Bahia.
Caso se confirme a indicação do PSD para a segunda vaga ao Senado, independentemente de ser Coronel ou não, o pragmatismo falará mais alto do que a história. Todavia Michel Temer e o MDB são apenas um dos exemplos de que o excesso desse pragmatismo pode trazer consequências bem distintas para os envolvidos (e isso não quer dizer que o PSD baiano trairia o PT da Bahia).
Mesmo que possua apoio de segmentos do PT e esteja mais ligada à esquerda, Lídice não terá tempo e dinheiro para viabilizar uma campanha avulsa ao Senado. A socialista seria então obrigada a se contentar com as “sobras” da aliança de PT-PP-PSD. De certo, ela precisa que o próprio Rui assuma as consequências de deixá-la de fora da chapa.
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