O ex-presidente
Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, presos hoje (21), em um
desdobramento da Operação Lava Jato, ficarão detidos em uma cela especial da
Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do
Rio de Janeiro.
A determinação é do
juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, atendendo um pedido
da Força Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal. Os
procuradores alegaram que, por ser ex-presidente da República, Michel Temer tem
direito a tratamento especial, assim como Moreira Franco, que foi ministro até
dezembro de 2018.
O coronel reformado
da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, também terá direito a cela
especial no Estado Maior da PM, em Niterói. Segundo o MPF, o coronel, amigo
pessoalç de Temer, é o operador do esquema de corrupção chefiado pelo
ex-presidente.
Michel Temer foi preso em casa,
em São Paulo, e Moreira Franco, ao desembarcar no Aeroporto Internacional
Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Ambos devem passar por exame de corpo
delito antes de serem levados para a unidade prisional. A prisão do coronel
Lima e de sua esposa, Maria Rita Fratezi, não foi confirmada.
Acusação
O ex-presidente e o
ex-ministro são acusados de receber cerca de R$ 1 milhão em propina em meio a
obras relacionadas à Usina de Angra Três, por meio de empresas de fachada, e
lavagem de dinheiro. A pedido da força-tarefa da Lava Jato, a Justiça Federal
determinou a prisão preventiva de mais sete pessoas.
Na unidade da PM em Niterói, já está o ex-governador do Rio de Janeiro
Luiz Fernando Pezão. Ele tem direito a cela especial por ter sido
preso no exercício do cargo. Pezão é acusado de receber propina e corromper
agentes públicos com pagamentos ilegais, que movimentaram cerca de R$ 40
milhões entre 2007 e 2015. O governador nega as acusações.
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