Em crise política estabelecida na cidade vereadores de Canaveiras podem entrar em rota de colisão com a população caso codenem as contas do ex-prefeito sem oferecer o devido direito de defesa negado pelo TCM

vereadores podem entrar em rota de colisão com a população
tentando tirar o direito deles em escolher o que seria  para a cidade 

Vivenciando uma eventual crise política na cidade com uma condenação do prefeito eleito que nos próximos dias poderá ser afastado do cargo ou não pela Justiça Eleitoral,  os vereadores da cidade de Canavieiras (Sul da Bahia) estão sendo colocados no fogo pelo presidente da Câmara que insiste em votar as contas referente ao exercício de 2016 do Ex-prefeito Almir Melo, antes do desfecho final do processo em que o prefeito Roberto Almeida foi condenado.

Segundo um vereador que pediu para não ser identificado, isso é o que se comenta na cidade, e o presidente busca na verdade impor uma possível eliminação da forte concorrência do ex-prefeito numa nova eleição municipal se assim a Justiça Eleitoral entender. O vereador disse que o presidente sonha em ser prefeito na cidade, e com o afastamento do atual prefeito ele deve assumir o cargo por 3 meses (90 dias) e realizar nova eleição, sendo de cara, mesmo tendo o nome rejeitado pela população, um possível candidato único na cidade, mesmo estando fazendo um péssimo mandato na Câmara quando deixa falta até o tradicional cafezinho na Casa do Povo.

O problema é que, com o conturbado início de governo do prefeito Roberto Almeida que já sofre acusações graves de super-faturamento em licitações, licitações direcionadas, imposição de decretos que vão de encontro as Leis, desarrumação de toda a cidade, bagunça na Saúde, Educação mal assistida e várias outras queixas, a população já visualiza uma necessidade de eleger uma pessoa experiente para administrar novamente a cidade, sem mais apostar em aventuras ou grupelhos que buscam  se auto-afirmar, e o nome do ex-prefeito voltou a ser um dos preferidos pelos eleitores, o que pode colocar os votos de condenação dos vereadores em rota de colisão com a vontade popular, o que não seria nada bom para os edis, principalmente para aqueles que estão em primeiro mandato e buscam se afirmar na política local.

Segundo o vereador, que pediu para não ser identificado, o presidente exerce um mandato na Câmara de Vereadores muito ruim para os colegas que tiveram todos os recursos necessários para exercer na plenitude seus mandatos cortados, além de querer sempre impor sua vontade desrespeitando até mesmo,em alguns casos,  o posicionamento das comissões e a vontade dos colegas, num autentico mandato de imposição e autoritarismo. O vereador acrescentou que o presidente não goza mais de prestigio político junto aos colegas que já demonstram arrependimento de tê-lo colocado noa presidência.  
  
O vereador ainda acrescentou que o certo seria deixar a população escolher o que seria melhor para si. "Tentar impor uma situação para a população nesse momento de crise e conturbação da política local é dar um tiro no pé. É colocar a revolta popular contra nós", disse. Segundo ele, vários vereadores descontentes com a ação do presidente da Câmara em tentar impor e interferir a vontade popular, caso o intento do presidente da Câmara venha a ter sucesso, ele não terá o apoio total da Câmara numa possível nova eleição para prefeito, e vários irão também, colocar os seus nomes para concorrer ao cargo o que vai dificultar ainda mais as intenções do presidente.  
 
Segundo o ex-prefeito, o que implicou na rejeição de suas contas pelo TCM foi não ter conseguido baixar o Índice permitido por Lei para o quadro de servidores. segundo ele, com a necessidade aumentando de acordo com a o crescimento municipal, é praticamente impossível demitir servidores. "São pais de famílias. Muitas vezes são dependentes apenas desse trabalho para sustentar e colocar comida para os seus filhos, como eu iria exercer uma caça a servidores. Jamais faria isso, não tenho o espírito de maldade no coração de muitos que querem até controlar a entrada e saída dos servidores do horário de trabalho".  Disse Almir Melo.