vereadores de oposição lutam para que servidores não sejam beneficiados |
O presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais de Canavieiras (Sindspuc), Francisco Marcos
Silva, cobra agilidade dos vereadores na apreciação do veto do prefeito de
Canavieiras ao anteprojeto de Lei nº 002/2015, que concede aumento de 10% aos
funcionários públicos efetivos que percebiam até setembro de 2014, um salário
mínimo. Na apreciação, a matéria recebeu a emenda aditiva 001/2015, que
pretende só permitir o aumento de 10% sobre o valor do salário mínimo.
Na opinião do presidente
Francisco Marcos, a Emenda Aditiva de autoria do vereador Nilton Nascimento
prejudica os servidores, pois incidirá apenas sobre R$ 788,00. Entretanto, pela
proposta do Poder Executivo, o reajuste deveria ser aplicado sobre os
vencimentos atuais, que já receberam, em setembro passado, o reajuste de 10%
sobre o salário mínimo da época, que era de R$ 724,00. “Caso prevalecesse a
Emenda Aditiva, esses servidores teriam um prejuízo em seus vencimentos”,
ressalta o sindicalista.
Outro prejuízo iminente causado
pela demora na apreciação do veto é em relação ao pagamento imediato, pois o
anteprojeto não prevê o pagamento do reajuste de forma retroativa. “Como a
folha de pagamento da Prefeitura é operacionalizada antes do dia 20, e teremos
ponto facultativo e um feriado, os servidores somente poderão receber os
salários reajustados no mês de maio, o que prejudicaria ainda mais quem ganha
menos”, avalia Francisco.
A diretoria do Sindspuc tem feito
diversas gestões junto aos vereadores para que colocassem na pauta da sessão de
terça-feira (14), o que não aconteceu. Um novo pedido foi feito para a inclusão
da apreciação do veto numa nova sessão na quinta-feira (16), solicitação que
não foi novamente atendida. “Volto a insistir que justamente a camada dos
trabalhadores que recebe o menor salário não pode sofrer ainda mais, quando
poderiam fazer jus ao novo aumento, que poderia ser pago ainda no mês de abril.
Os trabalhadores que recebiam
salário mínimo foram contemplados, em setembro de 2014, com o projeto de lei de
autoria do Poder Executivo, reajustando seus vencimentos em 10%, o que foi
efetivado no ano passado. Uma nova proposta foi encaminhada pelo Poder Executivo
este ano, porém o impasse causado pela Emenda Aditiva causará possíveis perdas
nos vencimentos desses trabalhadores, que passaram 12 anos sem receber qualquer
tipo de reajuste além do salário mínimo.
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