O Diretório Nacional do PT divulgou uma resolução nesta terça-feira (17) na qual reconhece erros cometidos por Dilma Rousseff e pelo próprio partido desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder em 2003.
O texto volta a chamar o afastamento de Dilma de golpe e afirma que vai combater o governo interino de Michel Temer. A sigla destaca erros na área política, econômica, mas ressalta que vai continuar tentando evitar o impeachment. O PT critica a atuação da força-tarefa da Operação Lava Jato e a classifica como "instrumento político para a guerra de desgaste contra dirigentes e governantes petistas, atuando de forma cada vez mais seletiva quanto a seus alvos". O partido ainda reconhece que foi "contaminado" pelo financiamento privado de campanha. "Terminamos envolvidos em práticas dos partidos políticos tradicionais, o que claramente afetou negativamente nossa imagem e abriu flancos para ataques de aparatos judiciais controlados pela direita", admite.
Delatores da Operação Lava Jato apontam o pagamento de propina de empreiteiras na forma de doações políticas com o objetivo de obter vantagens em contratos com a Petrobras, mas as acusações não foram mencionadas no documento. A legenda ainda destacou como falha as alianças feitas pelas gestões de Lula e Dilma e que inviabilizaram parte do seu plano de governo. "Acabamos reféns de acordos táticos, imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco enraizamento das forças progressistas", explica o texto, citando as "classes dominantes" como fonte de resistência às mudanças sociais propostas desde 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário