A cidade de Feira de
Santana registrou um aumento no número de Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLIs) durante o período da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Conforme
publicou o site Acorda Cidade, 54 assassinatos foram contabiliados desde o dia
21 de março, quando foi iniciado o isolamento social no município. O número é
maior que no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 36 crimes do tipo.
Considerando que a maioria dos homicídios são praticados em via pública, acreditou-se que o isolamento social ajudaria a reduzir o número de assassinatos, situação que não ocorreu.
Considerando que a maioria dos homicídios são praticados em via pública, acreditou-se que o isolamento social ajudaria a reduzir o número de assassinatos, situação que não ocorreu.
Para o delegado
Roberto Leal, coordenador regional de polícia (1ª Coorpin), esse número de
CVLIs é preocupante, e a polícia tem realizado ações para reduzir esse índice.
Segundo ele, a presença das pessoas nas ruas favorecem os homicídios, porém não
vai explicar toda a complexidade que envolve o aumento da criminalidade em
Feira.
“Alguns desses
homicídios, como a gente diz aqui, é o momento da oportunidade. Um desafeto já
o procura e aproveitou aquele momento que foi visto em via pública e acabou
cometendo o crime. Eu acredito que sim [que o descumprimento do isolamento
social tenha favorecido]. É um dos fatores que acaba contribuindo, mas não vai
exclusivamente explicar todo um fenômeno do aumento aqui da criminalidade”,
destacou.
Questionado se o
fato de ter detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana liberados do
presídio por conta da pandemia, possa ter sido um dos fatores motivadores deste
aumento, o delegado indicou que sim. “Um fato só não vai explicar a motivação
de tantos casos em Feira de Santana, mas sim, a gente entende que a liberação
pode ter ocasionado esses meios necessários para o cometimento do crime. A
gente sabe que essas pessoas são inseridas em alguns grupos de criminosos.
Quando elas saem - sabendo que recebem alguma determinação ou têm problemas que
ocorreram durante a permanência no presídio ou mesmo rixas anteriores -, vão
para a rua e acabam cometendo novamente os crimes. São criminosos, pessoas que
estão à margem da lei. A saída é um dos itens que a gente pontua pelo aumento
da criminalidade”, destacou.
Ainda segundo o
delegado, o combate aos homicídios envolve ações contra o tráfico de drogas,
motivação da maioria dos crimes praticados na cidade. “Este índice é
extremamente preocupante, tão preocupante que a própria Secretaria de Segurança
Pública, delegado-geral e diretor do Derpin estão nos auxiliando aqui em todos
os meios necessários para que a gente consiga aqui reduzi-lo. Sabemos que o
envolvimento com o tráfico de drogas em Feira de Santana é a maior motivação
dos homicídios”, afirmou.
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