A Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema protocolou na tarde da última sexta-feira um ofício encaminhado ao juiz da Vara Única da Justiça Federal, Lincoln Pinheiro Costa, solicitando o cumprimento efetivo de todos os mandados de reintegração de posse já expedidos nas áreas de conflitos de demarcação de terras na região.
O documento foi protocolado após a audiência pública realizada no auditório da Ceplac para discutir sobre os impactos sócio-econômicos e os prejuízos processo de demarcação de terras propostos pela Funai nos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema.
Promovida pela Associação de Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema, a audiência contou com a participação dos deputados estaduais Ângela Sousa, Pedro Tavares e Ângelo Coronel, do prefeito de Buerarema, Guima Barreto, da ordem dos Advogados do Brasil, vereadores dos três municípios, representante da Prefeitura de Una e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Buerarema.
Logo depois das discussões os pequenos agricultores saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade até a sede da Justiça Federal em Ilhéus, onde o documento foi protocolado. Abrindo o encontro o presidente da Associação dos Pequenos Agricultores, Abiel Silva, falou dos problemas enfrentado pelos pequenos agricultores desde que a Funai iniciou o processo de demarcação de terras na região.
Durante o encontro foram mostradas imagens da destruição de fazendas pelos supostos índios e relatos emocionados de pequenos agricultores que perderam todas as suas propriedades, fruto de uma vida inteira de trabalho, suor e dedicação.
O ex-presidente da Associação dos Pequenos Agricultores, Luiz Henrique Uaquim, fez um relato histórico sobre os estudos realizados comprovando e inexistência dos índios Tupinambá na região e a forma como os produtores compraram e adquiriram suas propriedades, todas de forma legal.
Ele também falou dos prejuízos que a região vem sofrendo ao longo dos anos desde que a Funai iniciou o processo de demarcação de terras, chegando ao valor de mais de R$ 33 milhões por ano. De acordo com Uaquim, a região de Ilhéus, Una e Buerarema era responsável pelo cultivo dos mais diversos produtos, mas desde que iniciaram as invasões quase nada se produz mais nessa região.
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