O
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou hoje (30) que a reforma
da Previdência pode ter mais de 60 votos favoráveis na votação em primeiro
turno no plenário. Esse número permitiria a aprovação da proposta com folga, já
que são necessários 49 votos para que a Casa aprove mudanças constitucionais.
"Há, com
certeza, uma folga razoável em torno do limite de votos necessários para
aprovação de uma emenda constitucional", disse Alcolumbre. "A gente
pode ter 60 votos, 62, 63 votos, porque há um sentimento dos senadores em
aprovar essa matéria."
Nesta
terça-feira (1º), a reforma da Previdência deve ser o único item na pauta do
plenário do Senado. Durante a manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
vai votar o parecer do relator da proposta, Tasso Jereissati (PSDB-CE), e a
matéria deve chegar ao plenário a partir das 16h, para que a votação seja
concluída até a noite.
O segundo turno
da votação em plenário deve ocorrer na terça-feira ou na quarta-feira da semana
que vem, segundo o presidente do Senado, que se baseia em um calendário
acertado entre lideranças partidárias da Casa.
Alcolumbre
esteve nesta segunda-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
no Rio de Janeiro, para ouvir a entidade sobre a proposta legislativa do
deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) que trará mudanças para os clubes de futebol,
como a possibilidade de transformação dos times em empresas, em vez de
associações sem fins lucrativos.
O presidente do
Senado afirmou que já ouviu o deputado Pedro Paulo e o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deve promover uma audiência pública sobre o tema no
Senado, antes mesmo de a proposta chegar à Casa. "[É] para que a gente
possa ouvir vários atores no Senado enquanto esse debate é feito na Câmara.
[Para] que a gente possa também ouvir especialistas em relação a isso e ouvir o
governo. Queremos convidar todos os atores para ter uma noção clara do que é
esse projeto de lei e do que significa para o esporte brasileiro",
explicou Alcolumbre, lembrando que há divergências em relação ao que foi
proposto na Câmara.
O presidente da
CBF, Rogério Caboclo, disse que a confederação é a favor da profissionalização
dos clubes, mas contrária à imposição de que eles se tornem empresas. "O
que a CBF entende é que temos que permitir aos clubes que escolham o
caminho que devem percorrer para se transformar, ou não, em empresas, dentro
das suas particularidades", disse Caboclo. Para o dirigente da CBF, ssa
preocupação já está contemplada pelo projeto em discussão na Câmara.
"Nesse aspecto, se for nessa medida, está contemplado, e acho que os
clubes, dessa forma, ficarão satisfeitos", afirmou.
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