O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que é necessário aguardar o prazo final de inscrição no edital do Programa Mais Médicos antes de uma avaliação. Ainda assim, ele admite que ainda está “distante da realidade” uma afirmação de que a situação está resolvida.
“Estou olhando com atenção e muito ciente de que a ideia de que está tudo resolvido está distante da realidade”, ponderou, em entrevista à colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. “O problema pode ser o preenchimento de vagas nas áreas de difícil provimento, que muito provavelmente não serão ocupadas”.
Como uma possível solução para a ausência de médicos, Mandetta sugeriu mecanismos de incentivo, como o abatimento da dívida com o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). “Há uma geração de médicos endividados, que pagam R$ 10 mil por mês numa faculdade de medicina por seis anos e saem com débitos de R$ 1 milhão”, argumentou.
Outra opção citada pelo futuro ministro foi uma parceria com as Forças Armadas, que já mantém médicos em algumas regiões remotas do país. “Mas vamos esperar pelo resultado do edital”, reforçou Mandetta.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, mais de 98% das vagas ofertadas no edital do Mais Médicos já foram preenchidas. O prazo para inscrição será encerrado na próxima sexta-feira (7).
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