Rafael
Martins Bussamra e seu pai Roberto Bussamra, condenados pela morte por
atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz e apresentadora Cissa
Guimarães, vão ter que voltar para a prisão. O Superior Tribunal de Justiça
(STJ) atendeu a um pedido da Assessoria de Recursos Constitucionais Criminais
do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (ARC Criminal/MPRJ) e
cancelou a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos para os dois. A decisão do STJ foi do ministro Jorge Mussi.
Rafael Bussamra
foi condenado por homicídio culposo e conseguiu a substituição da pena de
prisão por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana. Ele
teve a pena fixada em três anos e seis meses de detenção, mais suspensão da
habilitação para dirigir carros por igual período.
O pai Roberto
Bussamra, condenado a três anos, dez meses e 20 dias de reclusão também tinha
conseguido a substituição da pena privativa de liberdade. Ele foi condenado por
corrupção ativa, por ter prometido vantagem indevida aos policiais para evitar
que o filho fosse detido e levado à delegacia. Segundo o MPRJ, na hipótese de
conversão da pena restritiva direitos em privativa de liberdade, houve a
fixação do regime semiaberto como inicial para cumprimento da pena.
Rafael
Mascarenhas foi atropelado em julho de 2010. Ele estava andando de skate no
túnel acústico da autoestrada Lagoa/Barra quando foi atingido pelo carro dirigido
por Rafael Bussamra. A pista em direção à Gávea estava fechada ao tráfego.
Apesar de socorrido no Hospital Miguel Couto, no mesmo bairro, Rafael
Mascarenhas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A atriz Cissa
Guimarães disse à Agência Brasil que o seu sentimento agora é de esperança para
que depois de oito anos da morte do filho a Justiça, que ela considera como
óbvia, seja feita. Cissa destacou, no entanto, que o cumprimento só deve
ocorrer após o recesso do judiciário em fevereiro. “Até lá espero que todo o
colegiado e os juízes homologuem esta sentença e que a impunidade acabe. Espero
isso para todo mundo. Meu filho já é anjo, já é luz. Luto muito para que acabe
essa impunidade e o fim dessa violência no trânsito, para que a gente possa
conviver como cidadãos e se tratar como pessoas que cuidam umas das outras”,
disse.
Cissa disse que
está muito emocionada, porque voltam todas lembranças da morte do filho e dos
fatos ocorridos depois do atropelamento. A atriz disse que não fica feliz com a
decisão porque nada relacionada a este fato a deixar assim, mas está aliviada.
“Fico de alguma maneira esperançosa de novo. Mas só quero dizer que estou,
nunca foi ficar feliz com nenhuma decisão, mas estou aliviada ou com algum tipo
de justiça, quando essa decisão, realmente, acontecer. Por enquanto é o início
disso, mas o início já vale a pena. É uma porta que se abre para que a justiça
seja feita. Vamos esperar até fevereiro”, completou.
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