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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Pretrobras recebe aval do governo para realizar aumento de combustíveis que deve ficar


O preço da gasolina vai subir nos próximos dias. O governo deu nesta terça-feira (04) o aval para a Petrobras fazer o reajuste. A decisão saiu, mas ainda não se sabe de quanto vai ser esse aumento nem quando vai entrar em vigor.
Esse aumento acaba mexendo com outros números. Pode afetar a inflação. A decisão final está com a diretoria da Petrobras. Em 2014, os combustíveis ficaram parte do ano abaixo da cotação internacional.
A reunião foi no prédio da Petrobras, em Brasília, e durou o dia inteiro. O Conselho de Administração da estatal autorizou um reajuste nos preços da gasolina e do diesel nos próximos dias, mas a presidente da empresa, Graça Foster, não quis falar de quanto vai ser o aumento e nem quando entra em vigor. “Aumento de combustível não se anuncia, pratica-se”, afirmou.
O preço dos combustíveis é o mesmo desde novembro do ano passado, quando a gasolina subiu 4% nas refinarias e pouco mais de 2% nos postos. O reajuste é uma reivindicação antiga da diretoria da Petrobras. A empresa vem acumulando prejuízo porque importa gasolina e durante quase todo o ano comprou o combustível mais caro lá fora e teve que vender mais barato no Brasil.
Em outubro, essa defasagem entre o preço da gasolina no Brasil e no exterior caiu muito e praticamente deixou de existir. O barril do petróleo caiu de US$ 100 para US$ 85.
O reajuste agora vai ajudar a compensar as perdas acumuladas nos meses anteriores, que contribuíram para aumentar a dívida da Petrobras.
O especialista do setor energético Adriano Pires diz que o governo controlou os preços da gasolina e do diesel para tentar frear a inflação e tornou imprevisível a política de preços da estatal. “A Petrobras precisa de uma fórmula que dê previsibilidade aos preços da gasolina e do diesel. Não adianta aumentar a gasolina e o diesel agora em 4%,5% ou 6% e ninguém saber qual vai ser o próximo aumento. O que o mercado está esperando não é um aumento da gasolina e sim uma previsibilidade na política de preços e combustíveis nos próximos anos”, afirma o diretor do Centro Nacional de Infraestrutura.
Uma nova reunião do conselho de administração da Petrobras foi marcada para a sexta-feira da semana que vem.

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