Agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e
Explosivos (Desarme) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia
Civil, com o apoio do setor de inteligência do Exército Brasileiro, realizaram
uma operação nesta segunda-feira (6) com a finalidade de prender integrantes de
uma organização criminosa que prestava manutenção e venda de fuzis apoio a
traficantes de drogas de favelas de Bangu, na zona oeste e de outras regiões do
Rio de Janeiro.
Na ação, que contou com a utilização de veículos blindados e
helicópteros, foram presos Marcelo da Silva Sales, conhecido como Marreco; Leiz
da Silva Rodrigues; Valéria Simone de Oliveira de Almeida e Caroline Silva
Campelo Sampaio.
De acordo com os policiais, foram cumpridos diversos mandados de prisão
e de busca e apreensão nas comunidades da Vila Aliança e da Coreia, na zona
oeste. Parte do grupo criminoso já havia sido preso em flagrante anteriormente
pela Desarme na posse de sete fuzis, sete pistolas, munições, além de grande
quantidade de equipamentos e peças para manutenção de armas do grupo.
Na primeira operação, ocorrida em outubro do ano passado, foram presos o
sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, conhecido como
Professor, considerado o maior armeiro do tráfico de entorpecentes do Rio;
Alexsandro Rodrigues Figueira, de 34 anos, conhecido como Gordinho; Felipe
Rodrigues Figueira, de 31 anos; e Murilo Barbosa Ludigério, de 22 anos.
A investigação, conduzida pela Desarme com o apoio da Promotoria de
Investigação Penal de Bangu, demonstrou que o grupo, chefiado pelo militar
Carlos Alberto de Almeida, realizava a manutenção e a venda de fuzis para
narcotraficantes da facção que domina a venda de drogas nas favelas da Vila
Aliança e da Coreia.
Carlos Alberto ganhou a confiança dos chefes do tráfico utilizando
ferramentas de ponta e equipamentos de última geração, como tornos mecânicos e
material para realizar serviços de conserto, manutenção, modificação e
customização de fuzis, incluindo pinturas sofisticadas de camuflagens no
armamento.
Durante a investigação, também foi identificada a empresa responsável
por realizar a pintura dos fuzis dos traficantes, no interior da Favela da
Coreia, que customizava as armas por meio de pinturas eletrostáticas. No ano
passado, o grupo chegou a montar uma oficina clandestina de manutenção de armas
na favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
Ao longo da investigação da Polícia Civil, os criminosos foram flagrados
se deslocando constantemente entre diversas favelas dominadas pela mesma facção
criminosa, como Morro do Dendê, Vila dos Pinheiros, Serrinha, Parada de Lucas,
Vila Aliança e Coreia.
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