Diante do acúmulo de dívidas de campanhas em estados como Bahia e São Paulo, o PT apresenta, durante o congresso nacional que acontece em Salvador desta quinta-feira (11) ao domingo (14), uma campanha nacional de arrecadação. De acordo com o presidente baiano, Everaldo Anunciação, o projeto será o pontapé da “vaquinha” do PT baiano, para quitar débitos da campanha de 2014, orçados em cerca de R$ 9 milhões. Para o pagamento dessa dívida, no entanto, a Bahia defende a revisão do próprio posicionamento quanto ao financiamento privado das campanhas. “Quando nós contraímos a dívida foi dentro das regras. O PT não tinha nenhuma decisão. Óbvio que, se a decisão do congresso for de não receber mesmo as dívidas anteriores, nós vamos respeitar. Mas pode criar dificuldades para os nossos compromissos com os fornecedores. A gente não pode tomar uma decisão que tem impacto em terceiros”, afirmou. Para o dirigente baiano, independente do resultado da reforma política – cuja modalidade de financiamento de campanha é alvo de questionamento na Câmara Federal -, as regras não devem retroagir para a campanha de 2014. “O PT deve manter sua posição, mas monitorar o processo de reforma política em curso no Brasil.
E que a gente garanta que a quem nós devemos a regra possa ser a estabelecida no período”, ponderou.
Apesar de evitar criticar diretamente o governo federal – “estamos concordando e confiando na intenção da presidenta com os ajustes, que é um processo de arrumação da economia para garantir as políticas sociais”, disse Everaldo -, o diretório baiano admite que é preciso melhorar as relações do partido com a sociedade civil. “O PT tem que ter uma agenda de dialogar com a sociedade, voltada à questão da democracia, dos direitos e do desenvolvimento da distribuição de renda. Criar debates políticos que extrapolem o PT para fortalecer os atores sociais e a sociedade civil organizada, para estar opinando e discutindo, para que sirva de base para construção dos programas de governo que nós vamos apresentar nas eleições municipais de 2016”, relata. Segundo Everaldo, outro assunto a ser defendido é a taxação de grandes fortunas “para os mais ricos participem desse processo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário